sábado, 27 de novembro de 2010

PAIS MARAVILHOSO, TANTO LÁ COMO CÁ

Ao acompanhar as operações realizadas pela força de segurança do Rio de Janeiro, me bateu uma nostalgia e me veio a lembrança de um comandante militar na cidade de Marabá na década de 80 Coronel ANTONIO CARLOS GOMES, lá pelo ano 1984, a cidade de Marabá era conhecida como marabala, quem era mais conhecido na cidade era Sebastião da terezona, que resolvia de briga de vizinho a cobrança de dividas, muitas das vezes a bala, por isso a origem do pseudônimo "MARABALA".

Quando alguém do povo buscava agentes de segurança fosse da PM ou da Policia civil, para solucionar algum problema de qualquer ordem o agente impotente nas ações, dizia: "já falou com Sebastião da terezona" ele mora alí na rua santa rosa. E assim foi por décadas, até que um dia chegou o coronel ANTONIO CARLOS GOMES em MARABÁ ou marabala.

Jeito calmo, paulatinamente foi sendo informado o por que de "marabala" chegava acontecer mais de 30 homicidios em um único mês, normalmente por pistolagem, certa vez um garimpeiro "bamburrado" era o garimpeiro que possuia uma quantidade consideravel de ouro, buscou apoio no 4º BPM na rodovia transamazônica em Marabá, o qual estava sendo ameaçado de morte e sendo seguido por alguns homens, não obteve qualquer apoio daqueles que tinham por obrigação de oficio lhes garantir a integridade fisica, no mesmo dia quando o garimpeiro estava almoçando em um restaurante na Antonio Maia via principal de Marabá, foi covardemente assassinado na hora em que fazia a refeição. Isso foi a gota d"agua, o comandante que estava a poucos meses na cidade, passou a elaborar um plano com seus auxiliares mais próximos e com ajuda do serviço reservado que naquele momento já existia e era muito precário, informaram detalhadamente de todos os passos de Sebastião da terezona e seus asceclas.

Marabá foi cercada e seus acessos principais bloqueados, Sebastião foi preso juntamente com 32 pistoleiros e paulatinamente o termo "marabala" deixou de existir.

O que está acontecendo no Rio de Janeiro, é o descasso de autoridades e a corrupção exagerada dos políticos no decorrer de várias décadas, que deixaram a população mais pobre desassistida e em conseguência disso grande parte dos jovens buscaram o meio mais facil de sobrevivência, quanto ganha um soldado PM no Rio de janeiro? o soldado do tráfico ganha em uma semana de comércio o equivalente o que o PM ganha em um mês.

Pelo que se viu na operação desencadeada no Rio de Janeiro para combater os traficantes e outros criminosos que empestam a cidade maravilhosa, o que faltava para a Polícia Militar dar uma resposta dura aos bandidos eram meios.

Com blindados fornecidos pela Marinha de Guerra, os PM colocaram para correr os malandros, que se achavam os donos de certas favelas cariocas. Quem tem olhos e nariz tem medo, daí que quando a malandragem percebeu que a operação era para valer, fugiram feito baratas tonteadas.

Os militares da PM que estavam de férias e de folga, se apresentaram em suas unidades como voluntários para participarem da operação, verdadeiro altruísmo policial.

A malandragem vem tentando fazer terror e intimidação, incendiando carros e semeando pânico, mas o Estado deve mostrar o seu braço forte, repelindo esse falso poder paralelo dos criminosos.


Na Inglaterra de Henrique IV, no século XIV os salteadores e criminosos de um modo geral dominavam as estradas e cidades inglesas. A reação do soberano foi exemplar: num prazo de um mês, ele mandou a força pública enforcar 70 mil criminosos. A Inglaterra virou um remanso de paz, após as medidas repressivas do rei.

A operação no Rio de janeiro, está correta e merece nossos aplausos, e que não deve ficar apenas nesse combate e enfrenatmento direto, após tudo isso tem que ser a vez dos políticos corruptos serem mandados a cadeia pública e devolver o dinheiro que se apoderaram. Tenho dito.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

ACREDITAVA QUE ESTE TIPO DE ABSURDO JÁ FOSSE EXTINTO NA PM DO PARÁ

TUDO DANTES NO QUARTEL DE OSMAR, cuidado com aquele major que foi colocado na reserva sem querer, essas coisas ele não deixa passar em branco.


Denúncias feitas à Justiça Militar levaram à constatação de que o coronel José Osmar de Albuquerque, comandante da Companhia Regional 4°, sediada em Abaetetuba, ordenava que policiais militares fizessem serviços de obras e reformas na casa dele, em Belém, ou seja, em seu patrimônio pessoal, e depois um sujeito desse tufa o peito e quer ser comandante geral da corporação e acabar com os "bicos em fármacias e supermercados etc..."

Para surpresa da promotoria, a denúncia veio acompanhada de um DVD com imagens dos três PMs, mostrando o momento em que os policiais pintavam o muro da casa do coronel. A partir de então, uma investigação começou e uma série de denúncias passou a aparecer e se forem a fundo na investigação vai aparecer muito mais.

Conduzidos à sede do Ministério Público, os policiais flagrados no vídeo confirmaram que estavam apenas cumprindo ordens do coronel, sem qualquer remuneração, e que não estavam de férias, nem de licença ou folga são uns babacas fardados, eles gostavam do lanche servido na casa do coronel.

Pouco depois, outra denúncia anônima chegou à promotoria. O coronel estaria tentando maquiar documentos e falsificar escalas de serviço para incluir que os policiais estariam de folga nos dias em que apareceram trabalhando em sua residência, e para tal, teria coagido outros subordinados para alterar as escalas de serviço.

Os acusados irão responder à Justiça Militar. Além de correr o risco de perderem os cargos que ocupam, eles podem ter pena de reclusão mínima de oito anos. Segundo o MPE, o coronel Osmar responderá pelos crimes de violação de documentos, desvio de atividade funcional e coação de testemunhas, dentro da corporação são uns verdadeiros cancão de fogo.

Já o major José Ângelo dos Santos Figueiredo e o capitão Josimar Leão Queiroz, que teriam ajudado na falsificação de documentos, responderão pelo crime de falsificação. Os policiais que realizavam o serviço voltarão a trabalhar em suas atividades de rotina.

Em nota, o Comando da PM/PA informou que na mesma data em que tomou conhecimento da denúncia, determinou a abertura de Inquérito Policial Militar para a apuração dos fatos conforme determina o Código de Processo Penal Militar (IPM) e, para isso, designou oficial do último posto da corporação para presidir as investigações.

A nota diz ainda que “o próprio Ministério Publico Militar pediu a paralisação do IPM da PM/PA, uma vez que conduziria a apuração por membros do próprio MP. Cabe esclarecer que a PMPA determinou também a abertura de Processo Administrativo Disciplinar para apurar a conduta ética do Oficial acusado, podendo ao final do processo o mesmo ser penalizado com as sanções previstas no Código de Ética caso fiquem comprovadas as denúncias a ele imputadas”, que seja designado um oficial linha dura que não compactue com essas asneiras e que o oficial não seja da mesma turminha do acusado. Os créditos são do jornal (Diário do Pará)

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

TRISTE REALIDADE

Tenho presenciado e pessoas tem me relatado que o jovem principalmente o adolescente em sua maioria estão sem limites, devido a falta de autoridade de algumas mães ou pais ou a fragmentação da família, em que um ou outro perderam as redeas dos filho em que concerne a boa educação no sentido amplo da palavra.

Isso está acontecendo não só na sociedade brasileira, tenho conhecimento através de relato de pessoas de outros paises em que devido a ausência da mãe que saiu de seu país de origem em busca de novas oportunidades, em virtude do sistema capitalista exigir e exigir muito mais de cada cidadão na busca da sobrevivência em um mundo globalizado, abrindo suas fronteiras permitindo assim que jovens mães busquem ilusioriamente através da exploração da mão de obra barata melhores dias, deixando seus rebetos aos cuidados dos avós, que acreditam sejam melhores educadores ou por pura necessidade material. Acontece que é fato a criança criança criada com terceiros ou mesmo com seus pais, estão se rebelando de tal forma que uma criança de 4 anos faz ameaças constantes a avó materna inclusive com uso de faca, em outros casos já presenciei a mãe dizer baixa a voz não grita comigo! e o jovem se rebelar e dizer; " Vai te F..... vai tomar no C...." isso em plena via pública, imagine o que não acontece em 4 paredes no convivio com o lar. Esse mesmo jovem em dias de festas quer presente caros, roupa de marca e por aí afora.

Pois bem! valores de respeito aos de mais idade, como por exemplo tomar a benção dos PAÍS ou parentes como tio (a) avós, levantar e dá lugar aos mais velhos, não interferir na conversa de adultos etc... já são coisas raras, muitos valores salutares de respeito já se perderam no tempo, a modernidade trouxe avanços consideraveis para a humanidade dentro das ciências em seus diversos aspectos, em contra partida estamos retroagindo no tempo.

Leiam o relato de uma Professora de Matemática:

Semana passada, comprei um produto que custou R$ 15,80. Dei à balconista R$ 20,00 e peguei na minha bolsa 80 centavos, para evitar receber ainda mais moedas. A balconista pegou o dinheiro e ficou olhando para a máquina registradora, aparentemente sem saber o que fazer.
Tentei explicar que ela tinha que me dar 5,00 reais de troco, mas ela não se convenceu e chamou o gerente para ajudá-la. Ficou com lágrimas nos olhos enquanto o gerente tentava explicar e ela aparentemente continuava sem entender. Por que estou contando isso?

Porque me dei conta da evolução do ensino de matemática desde 1950, que foi assim:


1. Ensino de matemática em 1950:

Um lenhador vende um carro de lenha por R$ 100,00. O custo de produção é igual a 4/5 do preço de venda. Qual é o lucro?

2. Ensino de matemática em 1970:

Um lenhador vende um carro de lenha por R$ 100,00. O custo de produção é igual a 4/5 do preço de venda ou R$ 80,00. Qual é o lucro?

3. Ensino de matemática em 1980:
Um lenhador vende um carro de lenha por R$ 100,00. O custo de produção é R$ 80,00. Qual é o lucro?

4. Ensino de matemática em 1990:

Um lenhador vende um carro de lenha por R$ 100,00. O custo de produção é R$ 80,00. Escolha a resposta certa, que indica o lucro:
( )R$ 20,00 ( )R$ 40,00 ( )R$ 60,00 ( )R$ 80,00 ( )R$ 100,00

5. Ensino de matemática em 2000:
Um lenhador vende um carro de lenha por R$ 100,00. O custo de produção é R$ 80,00. O lucro é de R$ 20,00.
Está certo?
( )SIM ( ) NÃO

6. Ensino de matemática em 2009:
Um lenhador vende um carro de lenha por R$ 100,00. O custo de produção é R$ 80,00.Se você souber ler, coloque um X no R$ 20,00.
( )R$ 20,00 ( )R$ 40,00 ( )R$ 60,00 ( )R$ 80,00 ( )R$ 100,00

7. Em 2010 vai ser assim:
Um lenhador vende um carro de lenha por R$ 100,00. O custo de produção é R$ 80,00. Se você souber ler, coloque um X no R$ 20,00. (Se você é afro descendente, especial, indígena ou de qualquer outra minoria social não
precisa responder)
( )R$ 20,00 ( )R$ 40,00 ( )R$ 60,00 ( )R$ 80,00 ( )R$ 100,00

E se um moleque resolver pichar a sala de aula e a professora fizer com que ele pinte a sala novamente, os pais ficam enfurecidos pois a professora provocou traumas na criança?

Essa pergunta foi vencedora em um congresso sobre vida sustentável.

“Todo mundo está (pensando) em deixar um planeta melhor para nossos filhos...
Quando é que se (pensará) em deixar filhos melhores para o nosso planeta?"


Os créditos são de Jane Carvalho
Sinistro
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quarta-feira, 24 de novembro de 2010

TIMBOTEUA PERDEU O TITULO DA BAGUNÇA ADMINISTRATIVA

Os conceitos se modificão, devemos estar sempre atentos a tudo que nos rodeia seja a nivel Nacional ou Internacional, justamente para não ficarmos desatualizados e sempre entender o que o outro esta dizendo e podermos participarmos de uma conversa por mais simples que seja, muitas das vezes uma simples frases tem uma história interessante. Quem diria agora não é mais "VIROU TIMBOTEUA", essa frase "VIROU TOMBOTEUA" me deixou intrigado por ocasião de uma greve de professores na década de 80, e passei a perguntar para as pessoas oriundas do *interlan paraense (*interior do estado) até que um dia fui informado que se tratava de um ditor popular devido a cidade de TIMBOTEUA em tempos passados a administração pública era uma bagunça só, uma terra de ninguém e que prevalecia lei do mais forte principalmente daqueles que tinha um pouquinho mais de dinheiro e eram respeitados e admirados pelas pessoas menos favorecidas ou endinheirados como se diz no linguagem popular. naquele tempo TIMBOTEUA não tinha a presença do Estado e nem tão pouco alguma autoridade oficialmente.

Ao me deparar com o noticiario abaixo:

TRACUATEUA SÓ DEVE TER ELEIÇÃO EM ABRIL. Fiquei deverasmente pasmo, o que? a terra dos meus amigos "mata vaca" "galo" "galo velho" "frango" "papalegua" "desastrada" ainda não aconteceu a eleição como assim? foi que passei a ler o que segue abaixo:

Data de realização da eleição suplementar do município de Tracuateua, no nordeste paraense, poderá ser decidida na sessão de amanhã do Tribunal Regional Eleitoral (TRE/PA). O colegiado Pleno deveria votar o pedido de eleição suplementar na sessão de ontem, mas o procurador regional eleitoral, Daniel Avelino, requereu a matéria para analisar mais profundamente e dar parecer sobre o assunto.

O presidente do TRE/PA, João Maroja, afirma que não seria necessário parecer do Ministério Público para realizar eleição suplementar, mas acatou o pedido do procurador. O município está sem prefeito desde janeiro de 2008, já que o prefeito eleito Jonas Barros (PMDB) obteve mais de 58% dos votos, mas não pôde assumir porque concorreu com o registro de candidatura indeferido.

Ele recorreu da decisão, mas o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) manteve a condenação por improbidade administrativa. Em seu lugar, assumiu a prefeitura por um período de um ano o presidente da Câmara de Vereadores. Atualmente, o vereador Nelson Pinheiro (PTB) é o gestor interino do município, mas o mandato encerra dia 31 de janeiro.

João Maroja propõe a nova eleição em Tracuateua para o dia 3 de abril. Ele tinha anunciado a eleição, inicialmente, para 5 de dezembro deste ano, depois remarcou para fevereiro, alegando que não haveria tempo para organizar o novo pleito, em função da eleição majoritária. Agora, o presidente do TRE admite que não há recurso em caixa para realização da eleição de Tracuateua e que é preciso aprovar os custos do novo pleito no orçamento do órgão para 2011. Depois de aprovado pelo TRE, o pedido seguirá para análise do TSE.

De acordo com informações do diretor-geral do TRE/PA, Valentim Maia, por ser um município pequeno, a eleição de Tracuateua deverá custar entre R$ 180 e R$ 200 mil.
Somente este ano, por três vezes, comissões de vereadores e de representantes da sociedade civil de Tracuateua reuniram com Maroja. Eles estão preocupados com a demora na realização de nova eleição, ainda mais porque a legislação eleitoral prevê que em casos de vacância no município, após um biênio, a Câmara Municipal deverá realizar eleição indireta para prefeito. “Não é o caso. Ninguém tomou posse, então não há cargo vago”, sustenta João Maroja.

Enquanto isso, o município segue sem prefeito titular e com todo o sistema jurídico dependente da comarca de Bragança. Em Tracuateua não há juiz, promotor, delegado de polícia, nem defensor público.

Diante disso então me veio logo a memória então! "VIROU TIMBOTEUA" é isso, temos que mudar o dito popular em vez de TIMBOTEU "VIROU TRACUATEUA".

Será que meu amigo "GALO VELHO" ainda canta lá por aquelas bandas?

sábado, 20 de novembro de 2010

Um bilhão de dúvidas (ou como enganar um povo de otários)

O governo do Estado do Pará lançou o programa estadual “UM BILHÃO DE ÁRVORES PARA A AMAZÔNIA”, com a presença do presidente Lula e tudo mais, e sob o “insofismável” argumento de estimular o reflorestamento e minimizar a emissão de gás carbônico na atmosfera do planeta. Fiquei até emocionado ao ver no encarte do Hangar os ilustre intelectuais Nélia Piñon, Vitor Ramil, Ariano Suassuna, Maria Colasanti, Affonso Sant’ana, Gabriel o Pensador, Serginho Groisman, Rubem Alves, Fernando Morais e Arnaldo Antunes – participantes da XII Feira do Livro - darem as suas contribuições plantando, cada um, uma semente de árvores nativas da Amazônia, em extinção.
Com a adesão de tantas ilustres pessoas não há como deixar de reconhecer a validade dessa iniciativa. Mas como me é de hábito, algumas dúvidas se ergueram ante esse mar de credulidade e boas intenções, inquietando-me como ser pensante.
Primeiro, porque não há comprovação científica de que a emissão de gás carbônico (CO2) na atmosfera é a responsável pela mudança do clima do planeta, posto que o vapor d´água é o gás do efeito estufa que mais contribui para o aquecimento global. Um dos piores gases é o metano, que é cerca de 20 vezes mais potente que o dióxido de carbono. Depois, O excesso de dióxido de carbono que atualmente é lançado para a atmosfera resulta da queima de combustíveis fósseis principalmente pelo setor industrial e de transporte. Além disso, reservatórios naturais de carbono e os sumidouros (ecossistemas com a capacidade de absorver CO2) também estão sendo afetados por ações antrópicas. Devido o solo possuir um estoque 2 a 3 vezes maior que a atmosfera, mudanças no suo do solo podem ser importante fonte de carbono para a atmosfera (WOODWEL,1989,DAVIDSON e TRUMBORE, 1995).
“Não seria melhor requerer aos organismos internacionais que desenvolvessem programas para o controle da emissão de dióxido de carbono na atmosfera, proveniente da queima de combustíveis fósseis, do que gastar vultosa soma pecuniária plantando um bilhão de árvores?”
Depois, um estudo da organização sem fins lucrativos Imazon mostra que o desmatamento aumentou pelo menos dez vezes em área protegidas – terras indígenas e áreas de reservas estaduais e federais – no Estado do Pará no último ano em relação ao anterior. No período entre agosto de 2006 e julho de 2007, 24% do desmatamento ocorreu nessas áreas protegidas – 411 quilômetros quadrados, de um total de 1.726 quilômetros quadrados em todo Estado.
“Não seria melhor exercer um papel fiscalizador, por meio dos órgãos governamentais, com o fito de evitar que as áreas (protegidas ou não) sejam desmatadas ilegalmente, além de cobrar do governo federal que faça a sua parte no controle e fiscalização da área sob sua circunscrição, e ainda exigir judicialmente que as pessoas ou entidades que desobedecem as leis ambientais recuperem as áreas devastadas, em vez de gastar, do contribuinte, vultosa soma pecuniária para repor aquilo que esses criminosos destroem impunemente?”
Mais uma vez, de forma atabalhoada, se atua nos efeitos sem se preocupar com as causas do fenômeno. Tais iniciativas, pela sua superficialidade, acabam por não produzir o efeito desejado. Além do que, como ainda se está na fase de plantio das sementes, podemos inferir que até que elas cheguem à idade adulta, será – considerando o ritmo do desmatamento - necessário plantar outro bilhão de árvores, ou, quiçá, um trilhão ou até mesmo replantar toda a Amazônia.
Considerando o mérito e as motivações da bem-aventurada iniciativa, resta ainda avaliar as condições para a sua efetivação, pois dizer que se pretende realizar algo é fácil, mas, na seara pública, é preciso demonstrar racionalmente a viabilidade do projeto, para que os seus recipiendários não paguem o ônus de ações desastrosas e desprovidas de sentido coletivo. Qualquer um pode dizer que vai plantar um “bilhão” de árvores, mas, por imposição racional, deve-se examinar se essa intenção é razoável e exequível.
1 – Primeiro, por que foi estabelecido o quantitativo de UM BILHÃO de árvores? Será que alguém fez um estudo que aferisse a necessidade de plantar essa quantidade ou será que foi uma decisão aleatória (por ser “um bilhão” um número “redondo” e bonito)? Ou será que tudo não passou da artimanha de um "habilidoso" assessor que concebeu um programa com objeto insondável pela impossibilidade material de se conferir in-loco se as "promessas" serão realizadas ou não? Certamente ninguém em sã consciência contará uma a uma as sementes plantadas, logo o governo jamais terá o seu projeto contestado por impossibilidade absoluta de verificação. Depois, o que garante que não seria melhor plantar um “trilhão” de árvores pra salvar, de uma vez por todas, a humanidade do devastador efeito estufa? Seja como for, toda essa precisão numérica é de fazer inveja à comunidade acadêmica local, em especial aos matemáticos de plantão.
2 – Segundo, será que houve licitação pública para a compra de “um bilhão” de sementes de árvores nativas da Amazônia? E quem as produzirá, armazenará, transportará, plantará, regará, fiscalizará o crescimento, etc? Ou serão lançadas de um monomotor na área escolhida para o plantio e ficarão ao relento, aos cuidados da “mãe natureza”?
3 – Terceiro, qual o valor pecuniário empregado nesse programa: foi feita previsão orçamentária? Terá financiamento privado (de quanto?) ou será feita uma convocação geral do povo paraense para que cada cidadão plante, pelo menos, uma árvore com recursos próprios nos quintais de suas casas (E os que moram em apartamento, plantarão onde?)? Será que nós, mais uma vez, pagaremos sozinhos o preço de mais uma utopia de nossas autoridades?
4 – Quarto, onde serão plantadas essas árvores? O solo já foi preparado? Será que na Granja do Icuí caberá um bilhão de árvores? E como se chegará ao local de plantio: será via rodoviária, fluvial, lacustre, aérea, ferroviária ou será de pés mesmo (pra economizar, é claro)?
5 – Quinto, em quanto tempo o programa será concluído, isto é, em quanto tempo todas as árvores serão plantadas? Será tudo no atual governo ou ficará para os próximos alguns milhões de árvores? Se o governo começar agora, bastará plantar aproximadamente 37 milhões de sementes por mês para que em dezembro de 2010 o programa seja concluído com absoluto êxito. Coisa simples, basta deixar a educação, Segurança pública, saúde, etc. de lado e convocar toda a sociedade para esse grande mutirão em prol do planeta e, consequentemente, a humanidade agradecerá aos paraenses por esse nobre gesto.
Para melhor efetivar esse "prioritário" programa (tirá-lo do papel), pode-se convocar, por exemplo, todos os nossos concidadãos que estão na fila do SUS e nos hospitais da rede estadual e municipal, que lhes será uma grande terapia – pelo menos para as suas paciências -, já que plantando se esquecerão das agruras do dia a dia e do tratamento que recebem do sistema de saúde público. Pode-se também convocar todos os bandidos (em nível de ladrões de galinhas) que estejam prestes a assaltar os incautos cidadãos paraenses, que, pela dureza da vida rural (de plantador), não lhes restará disposição para se dedicarem à criminalidade, o que afetará de morte o índice de violência no Estado. Pode-se ainda convocar todos os alunos das escolas públicas municipais, estaduais e federais, que, certamente, não sentirão qualquer diferença das “aulas” que recebem nesses estabelecimentos do plantio de árvores – e ainda se sentirão orgulhosos por estarem contribuindo para a salvação do planeta, como verdadeiros “He Mans”. Depois, não tendo serviços à prestar para a “sociedade”, uma vez que os “endinheirados” não utilizam os serviços públicos, poderá o governo determinar aos servidores e militares estaduais que atuem nesse programa, quer para plantar outras árvores, quer para fiscalizar a sua execução. Por fim, bastará chamar a CNN para “cobrir” a incomum mobilização social paraense que poderá render ao Estado – conferido pelos organismos internacionais – o título de “CIDADE ESTUFA”, e à nossa ilustre governadora o prêmio nobel especial de “defensora da vida na terra”.
Mas, o que verdadeiramente me preocupa é o revés desse imbróglio ecológico, que me remete a uma história de Walt Disney que li na minha adolescência. O Pateta trabalhava como motorista de táxi e o Ranulfo (personagem espertalhão) lhe perguntou quanto cobraria para levá-lo à rodoviária. Pateta lhe informou o valor da corrida, e Ranulfo lhe perguntou: “ e a minha bagagem, quanto custa?”. Pateta respondeu ingenuamente: “nada, ela vai no banco de trás”. Então, arrematou Ranulfo: “Neste caso, leve a minha bagagem que eu vou de ônibus”. Talvez seja isso: O governo prometeu plantar um bilhão de árvores, mas não disse COMO, QUANDO, ONDE, POR QUE, PRA QUE, COM QUAIS RECURSOS, ETC., logo, enquanto discurso, este programa é irrefutável e estará sempre por se realizar, posto que num governo de "faz de conta" a intenção é sempre mais importante que a realidade.

Os créditos são WALBER WOLGRAND MENEZES MARQUES, Major R/R da Polícia Militar do Pará.

LEMBRANDO NAILSON

Quem foi NAILSON ?

Foi meu primeiro mestre na UFPA, homem afeito a organização e disciplina, contestador das coisas erradas, lutou e muito para que a UFPA, alcançase o nivel de excelência em educação e pesquisa.

Nada do que é humano me é estranho. Se a memória, embotada pelos anos de fechamento e madrugadas não me prega alguma peça, esta frase de Karl Marx espelha bem o não-estranhamento meu diante de algumas atitudes humanas, assim se dirigia a mim NAILSON.

Sempre ao término de um relato brutal por parte de humanos, como foi o caso de holocausto na II grande guerra mundial, e a derrubada das duas torres gemeas nos EUA, ele pronunciava "....Nada do que é humano me é estranho".

NAILSON, sempre que se referia a algum adversário ou inimigo declarado ou mesmo a algum político corrupto,devido suas cobranças constantes na aplicabilidade séria e honesta dos recursos público, respeitosamente não pronunciava o nome da pessoa, e sim aquele senhor ou aquela senhora.

Lutou bravamente e silenciosamente, contra molestia grave, em um de nossos longos diálogos a beira do rio guamá, falou-me certa vez: Você quer entender história, vá a GRÉCIA antes que ela desapareça.

Ainda não pude atender o conselho de tão nobre mestre. Obrigado! por tudo e descanse em paz.

MINHA INESQUECIVEL

Raimunda Campos mulher lutadora, trabalhadora, pensativa, feliz, de poucas palavras, sua inteligência chegava a surpreender, estava além de seu tempo, procriou e soube bem educar para a vida, mulher visionaria, preparou filhos e netos para a grande viagem sem volta, sofreu moléstia grave e permaneceu passiva sem queixumes, entregou seu ser ao criador, a quem nunca deixava de agradecer.

Foi grandiosa como é nossa nação, nossa bandeira estandarte de glorias, símbolo de todos os brasileiros, comemora-se no dia 19 de novembro seu dia lembrado em solenidade cívico militar, esse foi o dia que o criador lhe destinou como dia da partida. Descanse em paz minha inesquecível mãe.


HISTÓRIA

A Bandeira Nacional foi idealizada por Miguel Lemos e desenhada pelo pintor Décio Vilares. Ela foi instituída pelo decreto 4, de 19 de novembro de 1889. As cores e o desenho da atual bandeira nacional tiveram como inspiração a bandeira imperial, instituída por Dom Pedro I, em dezembro de 1822.

No início constavam 21 estrelas que representavam os estados. Hoje são 27, por conta do acréscimo dos estados e do Distrito Federal, criados ao logo desses 121 anos. O hino em homenagem à bandeira foi escrito por Olavo Bilac e a música teve a assinatura de Francisco Braga.

GUERRA DE CANUDOS

A Guerra de Canudos ou Campanha de Canudos, também conhecida como Guerra dos Canudos em certas regiões do sertão baiano, foi o confronto entre o Exército Brasileiro e integrantes de um movimento popular de fundo sócio-religioso liderado por Antônio Conselheiro, que durou de 1896 a 1897, na então comunidade de Canudos, no interior do estado da Bahia, no nordeste do Brasil.

O episódio foi fruto de uma série de fatores como a grave crise econômica e social pela qual passava a região à época, historicamente caracterizada por latifúndios improdutivos, secas cíclicas e desemprego crônico. Milhares de sertanejos partiram para Canudos, cidadela liderada pelo peregrino Antônio Conselheiro, unidos na crença numa salvação milagrosa que pouparia os humildes habitantes do sertão dos flagelos do clima e da exclusão econômica e social.

Os grandes fazendeiros da região, unindo-se à Igreja, iniciaram um forte grupo de pressão junto à República recém-instaurada, pedindo que fossem tomadas providências contra Antônio Conselheiro e seus seguidores. Criaram-se rumores de que Canudos se armava para atacar cidades vizinhas e partir em direção à capital para depor o governo republicano, reinstalando a Monarquia. Apesar de não haver nenhuma prova para estes rumores, o Exército foi mandado para Canudos.Três expedições militares contra Canudos saíram derrotadas, inclusive uma comandada pelo Coronel Antônio Moreira César, conhecido como "corta-cabeças" por ter mandado executar mais de cem pessoas a sangue frio na repressão à Revolução Federalista em Santa Catarina. A derrota das tropas do Exército pelos canudenses nestas primeiras expedições apavorou a opinião pública, que acabou exigindo a destruição do arraial, dando legitimidade ao massacre de até vinte mil sertanejos. Além disso, estima-se que cinco mil militares tenham morrido. A guerra terminou com a destruição total de Canudos, a degola de muitos prisioneiros de guerra, e o incêndio de todas as 5.200 casas do arraial.


Antecedentes

A figura de Antônio Conselheiro

"Apareceu no sertão do Norte um indivíduo, que se diz chamar Antônio Conselheiro e que exerce grande influência no espírito das classes populares. Deixou crescer a barba e os cabelos, veste uma túnica de algodão e alimenta-se tenuemente, sendo quase uma múmia. Acompanhado de duas professas, vive a rezar terços e ladainhas e a pregar e dar conselhos às multidões, que reúne onde lhes permitem os párocos."
— Descrição da Folhinha Laemmert, de 1877, reproduzida por Euclides da Cunha em Os sertões, 1902.

Antônio Vicente Mendes Maciel, apelidado de "Antônio Conselheiro", nascido em Quixeramobim (CE) a 13 de março de 1830, de tradicional família que vivia nos sertões entre Quixeramobim e Boa Viagem, fora comerciante, professor e advogado prático nos sertões de Ipu e Sobral. Após a sua esposa tê-lo abandonado em favor de um sargento da força pública, passou a vagar pelos sertões em uma andança de vinte e cinco anos. Chegou a Canudos em 1893, tornando-se líder do arraial e atraindo milhares de pessoas. Acreditava que a República, recém-implantada no país, era a materialização do reino do Anti-Cristo na Terra, uma vez que o governo eleito seria uma profanação da autoridade da Igreja Católica para legitimar os governantes. A cobrança de impostos efetuada de forma violenta, a celebração do casamento civil e a separação entre Igreja e Estado eram provas cabais da proximidade do "fim do mundo".


ANTONIO CONSELHEIRO com um séquito de bufões armados com antigos bacamartes, tentando "barrar" a República.

Arraial de Canudos

Canudos era uma pequena aldeia que surgiu durante o século XVIII nos arredores da Fazenda Canudos, às margens do rio Vaza-Barris. Com a chegada de Antônio Conselheiro em 1893 passou a crescer vertiginosamente, em poucos anos chegando a contar por volta de 25 000 habitantes. Antônio Conselheiro rebatizou o local de Belo Monte, apesar de estar situado num vale, entre colinas.

A imprensa, o clero e os latifundiários da região incomodaram-se com a nova cidade independente e com a constante migração de pessoas e valores para aquele novo local. Aos poucos, construiu-se uma imagem de Antônio Conselheiro como "perigoso monarquista" a serviço de potências estrangeiras, querendo restaurar no país o regime imperial. Difundida através da imprensa, esta imagem manipulada ganhou o apoio da opinião pública do país para justificar a guerra movida contra o arraial de Canudos e os seus habitantes.

Situação social

O governo da República recém-instaurada precisava de dinheiro para materializar seus planos, e só se fazia presente no Sertão pela cobrança de impostos. A escravidão havia acabado poucos anos antes no país, e pelas estradas e sertões, grupos de ex-escravos vagavam, excluídos do acesso à terra e com reduzidas oportunidades de trabalho. Assim como os caboclos sertanejos, essa gente paupérrima agrupou-se em torno do discurso do peregrino Antônio Conselheiro, acreditando que ele realmente poderia libertá-los da situação de extrema pobreza ou garantir-lhes a salvação eterna na outra vida.

Cronologia do conflito

Outubro de 1896 – Ocorre o episódio que desencadeia a Guerra de Canudos, quando as autoridades de Juazeiro apelam para o governo estadual baiano em busca de uma solução. Em 24 de novembro deste ano, é enviada a primeira expedição militar contra Canudos - um destacamento policial de cem praças, sob comando do Tenente Manuel da Silva Pires Ferreira. Mas a tropa é surpreendida durante a madrugada em Uauá pelos seguidores de Antônio Conselheiro, que estavam sob o comando de Pajeú e João Abade. Após uma luta corpo-a-corpo são contados mais de cento e cinquenta cadáveres de conselheiristas. Do lado do exército morreram oito militares e dois guias. Estas perdas, embora consideradas "insignificantes quanto ao número" nas palavras do comandante, ocasionaram o retiro das tropas.

A segunda expedição

Janeiro de 1897 - Enquanto aguardavam uma nova investida do governo, os jagunços fortificavam os acessos ao arraial. Comandada pelo major Febrônio de Brito, depois de atravessar a serra de Cambaio, uma segunda expedição militar contra Canudos foi atacada no dia 18 e repelida com pesadas baixas pelos jagunços, que se abasteciam com as armas abandonadas ou tomadas à tropa. Os sertanejos mostravam grande coragem e habilidade militar, enquanto Antônio Conselheiro ocupava-se da esfera civil e religiosa.

A terceira expedição

Março de 1897 - Na capital do país, o governo federal diante das perdas e a pressão de políticos florianistas que viam em Canudos um perigoso foco monarquista, assumiu a repressão, preparando a primeira expedição regular, cujo comando confiou ao coronel Antônio Moreira César, considerado pelos militares um herói do exército brasileiro. A notícia da chegada de tropas militares à região atraiu para lá grande número de pessoas, que partiam de várias áreas do Nordeste e iam em defesa do "homem Santo". Em 2 de março, depois de ter sofrido pesadas baixas, causadas pela guerra de guerrilhas na travessia das serras, a força, que inicialmente se compunha de 1.300 homens, assaltou o arraial. Moreira César foi morto em combate, tendo o comando sido passado para o coronel Pedro Nunes Batista Ferreira Tamarindo. Abalada, a expedição foi obrigada a retroceder. Entre os chefes militares sertanejos destacaram-se Pajeú, Pedrão, que depois comandou os conselheiristas na travessia de Cocorobó, Joaquim Macambira e João Abade, braço direito de Antônio Conselheiro, que comandou os jagunços em Uauá.

A quarta expedição

Abril de 1897 - No Rio de Janeiro, a repercussão da derrota foi enorme, principalmente porque se atribuía ao Conselheiro a intenção de restaurar a monarquia. Jornais monarquistas foram empastelados e Gentil José de Castro, gerente de dois deles, assassinado. A resolução do problema passou para a competência do governo federal. O ministro da Guerra, marechal Carlos Machado Bittencourt, em abril de 1897, preparou a quarta e última expedição, sob o comando do general Artur Oscar de Andrade Guimarães, composta de duas colunas, comandadas pelos generais João da Silva Barbosa e Cláudio do Amaral Savaget, ambas com mais de quatro mil soldados equipados com as mais modernas armas da época. Fortemente armados, os soldados cercaram por três meses o arraial de Canudos, que sofreu forte bombardeio e depois foi invadido. No decorrer da luta, o próprio ministro da Guerra seguiu para o sertão baiano e se instalou em Monte Santo, base das operações.

Junho de 1897 - O primeiro combate verificou-se em Cocorobó, em 25 de junho, com a coluna Savaget. No dia 27, depois de sofrerem perdas consideráveis, os atacantes chegaram a Canudos.

Mulheres e crianças, seguidoras de Antônio Conselheiro, presas durante os últimos dias da guerra.

Antônio Conselheiro morto, em sua única foto conhecida, tirada por Flávio de Barros no dia 6 de outubro de 1897.Setembro de 1897 - Após várias batalhas, a tropa conseguiu fechar o cerco sobre o arraial. Antônio Conselheiro morreu em 22 de setembro, supostamente em decorrência de uma disenteria. Após receber promessas de que a República lhes garantiria a vida, uma parte da população sobrevivente se rendeu com bandeira branca, enquanto um último reduto resistia na praça central do povoado. Apesar das promessas, todos os homens presos, e também grupos de mulheres e crianças acabaram sendo degolados - uma execução sumária que se denominava de "gravata vermelha".[6] Com isto, a Guerra de Canudos acabou se constituindo num dos maiores crimes já praticados em território brasileiro.

Outubro de 1897 - O arraial resistiu até 5 de outubro de 1897, quando morreram os quatro derradeiros defensores. O cadáver de Antônio Conselheiro foi exumado e sua cabeça decepada a faca. No dia 6, quando o arraial foi arrasado e incendiado, o Exército registrou ter contado 5.200 casebres.

Resultado

O conflito de Canudos mobilizou aproximadamente doze mil soldados oriundos de dezessete estados brasileiros, distribuídos em quatro expedições militares. Em 1897, na quarta incursão, os militares incendiaram o arraial, mataram grande parte da população e degolaram centenas de prisioneiros. Estima-se que morreram ao todo por volta de 25 mil pessoas, culminando com a destruição total da povoação.

Dentre os militares que foram deslocados para combater o ARRAIAL DE CANUDOS, a polícia Militar do Pará, também foi participe da destruição do messianismo comandado por ANTONIO CONSELHEIRO, é motivo de orgulho por vários membros da PMPA, inclusive é exaltado no HINO DA PM DO PARÁ, ".......QUE EM CANUDOS COBRIU-SE DE MIL GLÓRIAS ...." a participação direta na batalha que teve a frente inclusive o Ministro da Guerra e o exército brasileiro no maior massagre contra uma população de miseráveis que buscavam a esperança de dias melhores no arraial de canudos um aglomerado de barracos sem organização de uma currutela ou povoado.

A grande ameaça dos seguidores de ANTONIO CONSELHEIRO, era justamente devido a pregação da desobediência civil ao não pagamento de impostos, o qual serve em boa parte para o sustento de toda uma corja organizada em todos os niveis da REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL, impostos esses que não retôrno na sua totalidade para os projetos sociais e amenizar com isso a miseria de vários ARRAIAS DE CANUDOS nos povoados periféricos das grandes cidades.

Quando se fala do coflito armado na curva do "S" de membros do MST por parte da força estadual comandada pelo coronel PM PANTOJA, eu pergunto e o grande massagre promovido pelo Governo Federal a frente inclusive o Ministro da Guerra e a força maior do Exército brasileiro, contra pessoas miseráveis fugidos da seca e da opressão escravista dos latifundiarios daquela época.

Nada vejo de glorioso matar, massacrar, esfolar, degolar pobres miseráveis pátrios, de uma Pátria ingloria que massacra seu povo com pesadas cargas tributárias e aquela senhora ......... ainda que fazer ressucitar a CPMF para melhor acomodar sua companheirada.

Seja REPÚBLICA, seja Monarquia, nós pobres mortais estaremos sustentando sempre toda uma corja sanguinolenta do erário público.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

INICIO E FIM DA VIDA

A Maior Injustiça da Vida Segundo CHARLES CHAPLIN

A coisa mais injusta sobre a vida é a maneira como ela termina. Eu acho que o verdadeiro ciclo da vida está todo de trás pra frente. Nós deveríamos morrer primeiro, nos livrar logo disso.

Daí viver num asilo, até ser chutado pra fora de lá por estar muito novo. Ganhar um relógio de ouro e ir trabalhar. Então você trabalha 40 anos até ficar novo o bastante pra poder aproveitar sua aposentadoria. Aí você curte tudo, bebe bastante álcool, faz festas e se prepara para a faculdade.

Você vai para colégio, tem várias namoradas, vira criança, não tem nenhuma responsabilidade, se torna um bebezinho de colo, volta pro útero da mãe, passa seus últimos nove meses de vida flutuando. E termina tudo com um ótimo orgasmo! Não seria perfeito?

TENENTISMO

Tenentismo foi o nome dado ao movimento político-militar e à série de rebeliões de jovens oficiais de baixa e média patente do Exército Brasileiro no início da década de 1920, descontentes com a situação política do Brasil. Não declaravam nenhuma ideologia, propunham reformas na estrutura de poder do país, entre as quais se destacam o fim do voto de cabresto, instituição do voto secreto e a reforma na educação pública.

Os movimentos tenentistas foram: a Revolta dos 18 do Forte de Copacabana em 1922, a Revolução de 1924 e a Comuna de Manaus de 1924 e a Coluna Prestes.

O movimento tenentista não conseguiu produzir resultados imediatos na estrutura política do país, já que nenhuma de suas tentativas teve sucesso, mas conseguiu manter viva a revolta contra o poder das oligarquias, representada na Política do café com leite. No entanto, o tenentismo preparou o caminho para a Revolução de 1930, que alterou definitivamente as estruturas de poder no país.

O Movimento Tenentista surgiu nos quartéis espalhados em todo território nacional a partir da década de 1920. Segundo Paulo Assiz Pinheiro em "Estratégias da Ilusão" em 5 de julho de 1922 ocorre a primeira revolta que tem uma forte influência dos tenentes, conhecida como os 18 do Forte, que se opunha à posse do presidente eleito Arthur Bernardes. Deste movimento participaram o Capitão Hermes da Fonseca Filho, o Tenente Eduardo Gomes, o Tenente Siqueira Campos entre outros. Na Marinha do Brasil se destacaram os tenentes Protógenes Pereira Guimarães, Ernani do Amaral Peixoto e Augusto do Amaral Peixoto.

Debelada a revolta ressurge o movimento armado em 5 de julho de 1924 em São Paulo. O qual consegue dominar a capital do estado e é dirigido pelo General Isidoro Dias Lopes. Essas tropas tenentistas retiram-se da capital de São Paulo, mas de armas na mão. Percorrem todo o interior do Brasil, no Rio Grande do Sul receberam a adesão de novos sublevados, como a do Capitão Luís Carlos Prestes. Quando passaram pela Paraíba enfrentaram as tropas do Padre Aristides Ferreira da Cruz, chefe político de Piancó, o qual é derrotado e assassinado. A esta altura participam entre outros, Djalma Soares Dutra, Juarez Távora, Cordeiro de Farias, João Alberto e Miguel Costa. Na sua maioria eram tenentes ou patentes mais graduadas.

A Coluna Prestes, como passou a ser chamada, após dois anos de luta enfrentando tropas governistas e tropas de Polícias Estaduais, além de “Provisórios” armados às pressas no sertão do nordeste. Passaram dois anos, sempre se deslocando de um lugar para outro e terminaram se internando na Bolívia.

O Tenentismo passa a participar da Aliança Liberal em 1929 com exceção de Luís Carlos Prestes. A Aliança Liberal era formada pelos presidentes de Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Paraíba. A Aliança pregava a justiça trabalhista, o voto secreto e o voto feminino.

O Tenentismo em sua grande maioria apoiou este movimento e, depois da vitória e posse de Getúlio Vargas, vários tenentes se tornaram interventores. Lúis Carlos Prestes não apoiou o movimento de 1930 pois aderira ao comunismo em maio daquele ano. Siqueira Campos que seria um dos líderes falecera em acidente aéreo também em 1930. Este foi o caso de Juracy Magalhães na Bahia, Landri Sales no Piauí, Magalhães Almeida no Maranhão e Magalhães Barata no Pará, entre outros. O Tenentismo continua presente na vida pública nacional, mas tem uma divisão nessa época, uma minoria acompanha Luís Carlos Prestes e em 1937 a outra divisão no tenentismo, uma parte rompe com o Presidente Getúlio Vargas e passa para a oposição, é o caso de Juracy Magalhães, Juarez Távora, Eduardo Gomes, que se distanciam do poder. Alguns deles como Newton de Andrade Cavalcanti e Ernesto Geisel participaram da deposição de Getúlio Vargas em 1945.

Após a vitória da Revolução de 1930, quase todos os governos dos estados brasileiros foram entregues aos tenentes, e a incapacidade dos tenentes de governar depois que assumiram o poder nos estados foi assim comentada pelo João Cabanas, um dos chefe da Revolução de 1924 e revolucionário de 1930, no seu livro "Fariseus da Revolução", de 1932, que escreveu sobre o tenente João Alberto Lins de Barros, que governou São Paulo, e os demais tenentes:

João Alberto serve como exemplo: Se, como militar, merece respeito, como homem público não faz juz ao menor elogio. Colocado, por inexplicáveis manobras e por circunstâncias ainda não esclarecidas, na chefia do mais importante estado do Brasil, revelou-se de uma extraordinária, de uma admirável incompetência, criando, em um só ano de governo, um dos mais trágicos confusionismos de que há memória na vida política do Brasil, dando também origem a um grave impasse econômico (déficit de 100.000 contos), e a mais profunda impopularidade contra a "Revolução de Outubro".. e ter provocado no povo paulista, um estado de alma equívoco e perigoso. Nossa história não registra outro período de fracasso tão completo como o do "Tenentismo inexperiente"!.

— João Cabanas

No texto acima, escrito em fevereiro de 1932, na frase ter provocado no povo paulista, um estado de alma equívoco e perigoso, o tenente João Cabanas, praticamente prevê a eclosão da Revolução de 1932, ocorrida poucos meses após o livro ter sido escrito.

Em 1945, o tenentismo Anti-Getulista consegue depor o Ditador Getúlio Vargas e lança a candidatura do Brigadeiro Eduardo Gomes, um nome ligado sempre ao tenentismo, ao contrário do candidato vitorioso Eurico Gaspar Dutra, ex-ministro de Getúlio Vargas e que, inclusive, já havia demonstrado interesse pela aproximação do Brasil com as potências do Eixo.

Em 1950 volta Eduardo Gomes sendo derrotado por Getúlio Vargas. E em 1955 o tenentismo disputa novamente com o nome do General Juarez Távora, um dos expoentes do tenentismo.

Em 1964, quase todos os comandantes militares do golpe militar de 1964 eram ex tenentes de 1930 como Cordeiro de Farias, Ernesto Geisel, Eduardo Gomes, Castelo Branco, Médici, Juraci Magalhães e Juarez Távora.

Assumiram o poder máximo no Brasil os tenentistas ERNESTO GEISEL, CASTELO BRANCO, MÉDICI.

O Tenentismo viveu até quando morreram os seus membros, ou seja, em torno de 1970.


REVOLTA DOS 18 do FORTE DE COPACABANA

A Revolta dos 18 do Forte de Copacabana ocorreu em 5 de Julho de 1922, na cidade do Rio de Janeiro, então capital em Distrito Federal, no Brasil. Foi a primeira revolta do movimento tenentista, no contexto da República Velha brasileira.

Durante a campanha eleitoral de 1921, o jornal "do Povo", na edição de 9 de outubro, publicou uma carta manuscrita, atribuída ao candidato do governo, Artur Bernardes, governador de Minas Gerais. Nele o ex-presidente da República Marechal Hermes da Fonseca era chamado de "sargentão sem compostura", acusando o Exército de ser formado por elementos "venais". Artur Bernardes negou veementemente a autoria da carta, vindo o mesmo periódico a publicar uma segunda carta, no mesmo tom da primeira e como ela, atribuída ao mesmo candidato. A comoção causada foi enorme, principalmente entre os militares, representados no Clube Militar, sob a presidência do próprio Marechal. Mais tarde seria descoberto que as assinaturas nas cartas eram forjadas.

Nas eleições de 1° de março de 1922 Artur Bernardes saiu-se vencedor, embora os resultados oficiais houvessem sido contestados pela oposição. Com o clima político tenso, em Pernambuco, o Exército foi chamado para conter rebeliões populares, descontentes com o novo Governo estadual. No dia 29 de junho, Hermes da Fonseca telegrafou ao Recife, exortando os militares a não reprimirem o povo, sendo, por essa razão, preso no dia 2 de julho e o Clube Militar fechado.

A prisão de Hermes da Fonseca, a mais alta patente militar do país, e o fechamento do Clube Militar por decreto presidencial, foram recebidos como uma afronta aos militares do Exército. E estes já estavam bastante descontentes com o fato de um civil - o historiador Pandiá Calógeras - ocupar o cargo Ministro da Guerra, tendo sido nomeado pelo presidente da República anterior, Epitácio Pessoa. Em todos os quartéis do Rio de Janeiro comentava-se que "a procissão ia sair".

O movimento deveria se iniciar a partir do Forte de Copacabana, a uma hora da madrugada do dia 5 de julho. Na data marcada, porém, só a Escola Militar e o Forte de Copacabana se levantaram. Cercados pelas forças leais ao Governo Federal, não tiveram alternativa a não ser entregar-se.

A revolta do Forte de Copacabana

Tenentes vão de encontro às forças legalistas, na Avenida Atlântica, Rio de Janeiro.

Placa comemorativa dos 18 do Forte em frente ao Forte de Copacabana quem comandava o Forte de Copacabana, na ocasião, era o capitão Euclides Hermes da Fonseca, filho do marechal Hermes da Fonseca. No dia 4 de julho, Euclides exortou os seus comandados, tendo feito escavar trincheiras desde o portão do Forte até o farol, minando-se o terreno.

Tendo sido estabelecido que o movimento se iniciaria a uma hora da madrugada do dia 5, a uma e vinte o tenente Antônio de Siqueira Campos disparou um dos canhões, sinal combinado. A guarnição aguardou em silêncio a resposta de outras unidades, o que não aconteceu. O Governo, informado do movimento, antecipara-se e fizera trocar os principais comandos militares da capital. Siqueira Campos, então, disparou contra o Quartel-General do Exército (no Campo de Santana, atual Palácio Duque de Caxias), o da Marinha (na Praça Barão de Ladário), o Depósito Naval e o Forte do Leme, matando quatro pessoas neste último. Outros autores afirmam que foram disparados tiros, ainda, contra a Fortaleza de Santa Cruz da Barra, em Niterói, e contra o Forte de São João, no bairro da Urca.

Durante todo o dia 5, o Forte de Copacabana sofreu intenso bombardeio pela artilharia da Fortaleza de Santa Cruz. Na madrugada do dia 6, o Ministro da Guerra, Pandiá Calógeras, telegrafou ao Forte, exigindo a rendição dos rebeldes. O capitão Euclides Hermes e o tenente Siqueira Campos permitiram, então, a saída de todos aqueles que não quisessem combater. Dos 301 homens da guarnição, saíram 272. Enquanto isso, os encouraçados São Paulo e Minas Gerais, e um destróier posicionaram-se ao largo da ilha de Cotunduba, passando a bombardear o Forte. O Ministro Calógeras telegrafou uma vez mais, passando Governo e rebeldes a parlamentar. Como consequência, o Capitão Euclides Hermes saiu ao encontro do Ministro no Palácio do Catete, onde recebeu voz de prisão. Encerrara-se o diálogo com um ultimato do Governo: ou os rebeldes se renderiam ou seriam massacrados.

Sob o bombardeio naval, o tenente Siqueira Campos pressionado pelos remanescentes da tropa tomou a decisão suicida: não resistiram no Forte e nem bombardearam a cidade, como haviam chegado a ameaçar. Saíram em marcha até ao Palácio do Catete combatendo. A canivete, uma bandeira brasileira foi cortada em vinte e nove pedaços e distribuída entre os rebeldes: um pedaço foi guardado para ser entregue ao capitão Euclides Hermes.

Às 13 horas do dia 6 de julho, iniciaram a marcha pela Avenida Atlântica. Um número até hoje não determinado se rendeu ou debandou. Na altura do antigo Hotel Londres, restavam dezessete militares revoltosos , aos quais se juntou o engenheiro civil gaúcho Otávio Correia, amigo do tenente Siqueira Campos. Após alguns tiroteios, ao alcançarem a altura da antiga rua Barroso (atual Siqueira Campos), os dez homens restantes (nove militares e o civil) foram confrontados pela tropa legalista (integrada por cerca de três mil homens). No confronto final, um tiroteio que durou aproximadamente trinta minutos, foram capturados, feridos, os tenentes Siqueira Campos e Eduardo Gomes, e dois soldados. Os demais faleceram em combate muito desigual. Os soldados vieram a falecer posteriormente, no hospital, em consequência dos ferimentos recebidos, tendo apenas Eduardo Gomes e Siqueira Campos sobrevivido à caminhada

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

O QUE DIZ A WIKIPÉDIA DA PROCLAMAÇÃO DA REPÚBLICA

A Proclamação da República Brasileira(1889) foi um episódio da história do Brasil, ocorrido em 15 de novembro de 1889, que instaurou o regime republicano no Brasil, derrubando a monarquia do Império do Brasil, pondo fim à soberania do Imperador Dom Pedro II.

A Proclamação da República ocorreu no Rio de Janeiro, então capital do Império do Brasil, na praça da Aclamação, hoje Praça da República, quando um grupo de militares do exército brasileiro, liderados pelo marechal Deodoro da Fonseca, deu um golpe de estado, sem o uso de violência, depondo o Imperador do Brasil, D. Pedro II, e o presidente do Conselho de Ministros do Império, o visconde de Ouro Preto.

Foi instituído, naquele mesmo dia 15, um "Governo Provisório" republicano. Faziam parte deste "Governo Provisório", organizado na noite de 15 de novembro, o marechal Deodoro da Fonseca como presidente da república e chefe do Governo Provisório, marechal Floriano Peixoto como vice-presidente, e, como ministros, Benjamin Constant, Quintino Bocaiuva, Rui Barbosa, Campos Sales, Aristides Lobo, Demétrio Ribeiro e o almirante Eduardo Wandenkolk, todos membros regulares da maçonaria brasileira.

Generalidades

O governo imperial, através do 37º e último gabinete ministerial, empossado em 7 de junho de 1889, sob o comando do presidente do Conselho de Ministros do Império, Afonso Celso de Assis Figueiredo, o visconde de Ouro Preto, do Partido Liberal, percebendo a difícil situação política em que se encontrava, apresentou, em uma última e desesperada tentativa de salvar o Império, à câmara geral, atual câmara dos deputados, um programa de reformas políticas do qual constavam, entre outras, as medidas seguintes: maior autonomia administrativa para as províncias, liberdade de voto, liberdade de ensino, redução das prerrogativas do conselho de Estado, mandatos limitados (não-vitalícios) no Senado. No Império, o Senado era vitalício. As propostas do Visconde de Ouro Preto visavam preservar a Monarquia, mas foram vetadas pela maioria dos deputados de tendência conservadora que controlava a Câmara Geral. As reformas do Gabinete Ouro Preto chegaram tarde demais. No dia 15 de novembro de 1889, a república era proclamada.

A perda de prestígio da monarquia brasileira

Muitos foram os fatores que levaram o Império a perder o apoio de suas bases econômicas, militares e sociais. Da parte dos grupos conservadores pelos sérios atritos com a Igreja Católica (na "Questão Religiosa"); pela perda do abandono do apoio político dos grandes fazendeiros em virtude da abolição da escravatura, ocorrida em 1888, sem a indenização dos proprietários de escravos.

Da parte dos grupos progressistas, havia a crítica que a monarquia mantivera, até muito tarde, a escravidão negra no país. Os progressistas criticavam também a ausência de iniciativas com vistas ao desenvolvimento do país (fosse econômico, político ou social), a manutenção de um regime político de castas e o voto censitário, isto é, com base na renda anual das pessoas, a ausência de um sistema de ensino universal, os altos índices de analfabetismo e miséria, o afastamento do Brasil em relação a todos demais países do continente americano, fossem da América do Sul, fossem da América do Norte, em virtude da incompatibilidade entre os regimes republicanos e os monárquicos.

Assim, ao mesmo tempo em que a legitimidade imperial decaía, a proposta republicana - percebida como significando o progresso social - ganhava espaço. Entretanto, é importante notar que a legitimidade do Imperador era distinta da do regime imperial: Enquanto, por um lado, a população, de modo geral, respeitava e gostava de D. Pedro II, por outro lado, tinha cada vez em menor conta o próprio Império. Nesse sentido, era voz corrente, na época, que não haveria um "III Reinado", ou seja, a monarquia não continuaria a existir após o falecimento de D. Pedro II, seja devido à falta de legitimidade do próprio regime monárquico, seja devido ao repúdio público ao príncipe consorte, marido da princesa Isabel, o francês conde D'Eu).

Embora a frase do jornalista e líder republicano paulista, depois feito ministro do governo provisório, Aristides Lobo "O povo assistiu bestializado" à proclamação da república, tenha entrado para a História do Brasil, pesquisas históricas, mais recentes, têm dado outra versão à aceitação da república entre o povo brasileiro: É o caso da tese defendida por Maria Tereza Chaves de Mello (A república consentida, Editora da FGV, EDUR, 2007), que indica que a república, antes e depois da proclamação da república, era vista popularmente como um regime político que traria o desenvolvimento, em sentido amplo, para o país.

Antecedentes da Proclamação da República

A relativa credibilidade na estabilidade política do Império do Brasil veio a ser abalada, dando lugar ao desejo popular de se estabelecer um regime político que alguns setores da sociedade acreditavam que seria mais adequado aos problemas da época.

A partir da década de 1870, como consequência da Guerra do Paraguai (também chamada de Guerra da Tríplice Aliança) (1864-1870), essa crise foi tomando corpo, como resultado de vários fatores de ordem econômica, social e política que, somados, conduziram aqueles setores à conclusão de que a monarquia precisava ser superada. Adicionalmente, ainda havia as seguintes questões:

A classe média (funcionários públicos, profissionais liberais, jornalistas, estudantes, artistas, comerciantes) estava crescendo nos grandes centros urbanos e desejava maior liberdade e maior participação nos assuntos políticos do país. Identificada com os ideais republicanos, esta classe social passou a apoiar o fim do império.
O imperador D. Pedro II não possuía filhos, apenas filhas. O trono seria ocupado, após a sua morte, por sua filha mais velha, princesa Isabel, casada com um francês, Gastão de Orléans, Conde d'Eu, o que gerava o receio em parte da população de que o país fosse governado por um estrangeiro.
A crise econômica

A crise econômica agravou-se em função das elevadas despesas financeiras geradas pela Guerra da Tríplice Aliança, cobertas por capitais externos. Os empréstimos brasileiros elevaram-se de três milhões de libras esterlinas em 1871 para quase vinte milhões em 1889, o que causou uma inflação da ordem de 1,75% ao ano, no plano interno.

A questão abolicionista
Abolicionismo no Brasil

A questão abolicionista impunha-se desde a abolição do tráfico negreiro em 1850, encontrando viva resistência entre as elites agrárias tradicionais do país. Diante das medidas adotadas pelo Império para a gradual extinção do regime escravista, devido a repercussão da experiência mal sucedida nos Estados Unidos de libertação geral dos escravos ter levado aquele país à guerra civil, essas elites reivindicavam do Estado indenizações proporcionais ao preço total que haviam pago pelos escravos a serem libertados por lei. Estas indenizações seriam pagas com empréstimo externo.

Com a decretação da Lei Áurea (1888), e ao deixar de indenizar esses grandes proprietários rurais, o império perdeu o seu último pilar de sustentação. Chamados de "republicanos de última hora", os ex-proprietários de escravos aderiram à causa republicana.

Na visão dos progressistas, o Império do Brasil mostrou-se bastante lento na solução da chamada "Questão Servil", o que, sem dúvida, minou sua legitimidade ao longo dos anos. Mesmo a adesão dos ex-proprietários de escravos, que não foram indenizados, à causa republicana, evidencia o quanto o regime imperial estava atrelado à escravatura.

Assim, logo após a Princesa Isabel assinar a Lei Áurea, João Maurício Wanderley, Barão de Cotejipe, o único senador do império que votou contra o projeto de abolição da escravatura, profetizou:

A questão religiosa

Desde o período colonial, a Igreja Católica enquanto instituição encontrava-se submetida ao Estado. Isso se manteve após a Independência e significava, entre outras coisas, que nenhuma ordem do Papa poderia vigorar no Brasil sem que fosse previamente aprovada pelo Imperador (Beneplácito). Ocorre que, em 1872, Dom Vital e Dom Macedo, bispos de Olinda e Belém do Pará respectivamente, resolveram seguir por conta própria as ordens do Papa Pio IX, não ratificadas pelo Imperador e pelos presidentes do Conselho de Ministros, punindo religiosos ligados à maçonaria.

D. Pedro II, aconselhado pelos maçons, decidiu intervir na questão, solicitando aos bispos que suspendessem as punições. Estes se recusaram a obedecer ao imperador, sendo condenados a quatro anos de trabalho braçal (quebrar pedras). Em 1875, graças à intervenção do Duque de Caxias, os bispos receberam o perdão imperial e foram colocados em liberdade. Contudo, no episódio, a imagem do império desgastou-se junto à Igreja.

A questão militar

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Os militares do Exército Brasileiro estavam descontentes com a proibição, imposta pela monarquia, pela qual os seus oficiais não podiam manifestar-se na imprensa sem uma prévia autorização do Ministro da Guerra. Os militares não possuíam uma autonomia de tomada de decisão sobre a defesa do território, estando sujeitos às ordens do Imperador e do Gabinete de Ministros, formado por civis, que se sobrepunham às ordens dos generais. Assim, no império, a maioria dos ministros da guerra eram civis.

Além disso, frequentemente os militares do Exército Brasileiro sentiam-se desprestigiados e desrespeitados. Por um lado, os dirigentes do Império eram civis, cuja seleção era extremamente elitista e cuja formação era bacharelesca, mas que resultava em postos altamente remunerados e valorizados; por outro lado, os militares tinham uma seleção mais democrática e uma formação mais técnica, mas que não resultavam nem em valorização profissional nem em reconhecimento político, social ou econômico. As promoções na carreira militar eram difíceis de serem obtidas e eram baseadas em critérios personalistas em vez de promoções por mérito e antiguidade.

A Guerra do Paraguai, além de difundir os ideais republicanos, evidenciou aos militares essa desvalorização da carreira profissional, que se manteve e mesmo acentuou-se após o fim da guerra. O resultado foi a percepção, da parte dos militares, de que se sacrificavam por um regime que pouco os consideravam e que dava maior atenção à Marinha do Brasil.

A atuação dos republicanos e dos positivistas

Alegoria da República, quadro de Manuel Lopes Rodrigues no acervo do Museu de Arte da Bahia.Durante a Guerra do Paraguai, o contato dos militares brasileiros das mais diferentes patentes com os combatentes de outros países levaram-nos a considerar com (maior) seriedade as relações entre problemas sociais e regimes políticos. A partir disso, começou a desenvolver-se, entre os militares de carreira e os civis convocados para lutar no conflito, um interesse maior pelo ideal republicano e com o desenvolvimento econômico e social brasileiro.

Dessa forma, não foi casual que a propaganda republicana tenha tido, por marco inicial, a publicação do Manifesto Republicano em 1870, seguido pela Convenção de Itu em 1873 e pelo surgimento de dos Clubes Republicanos, que se multiplicaram, a partir de então, pelos principais centros no país.

Além disso, vários grupos foram fortemente influenciados pela maçonaria: (Deodoro e todo seu ministério era formado por maçons) e pelo Positivismo de Auguste Comte, especialmente, após 1881, quando surgiu a Igreja Positivista do Brasil. Seus diretores, Miguel Lemos e Raimundo Teixeira Mendes, iniciaram uma forte campanha abolicionista e republicana.

A propaganda republicana era realizada pelos que, depois, foram chamados de "republicanos históricos" (em oposição àqueles que se tornaram republicanos apenas após o 15 de novembro, chamados de "republicanos de 16 de novembro").

As ideias de muitos dos republicanos eram veiculadas pelo periódico A República, que, segundo alguns pesquisadores, dividiam-se em duas correntes principais:

Os evolucionistas, que admitiam que a proclamação da república era inevitável, não justificando uma luta armada, e,Os revolucionistas, que defendiam a possibilidade de que se pegasse em armas para conquistá-la, com mobilização popular e reformas sociais e econômicas.

Embora houvesse diferenças entre cada um desses grupos no tocante às estratégias políticas para a implementação da República e também do conteúdo substantivo do regime a instituir, a ideia geral, comum aos dois grupos, era que a república deveria ser um regime progressista, contraposto à exausta monarquia. Dessa forma, a proposta do novo regime revestia-se de um caráter social e não apenas estritamente político.

O golpe militar de 15 de novembro de 1889

Marechal Deodoro da Fonseca.No Rio de Janeiro, os republicanos insistiram com o marechal Deodoro da Fonseca, um monarquista, para que ele chefiasse o movimento revolucionário que substituiria a monarquia pela república. Depois de muita insistência dos revolucionários, Deodoro da Fonseca concordou em liderar o movimento militar.

O golpe militar, que estava previsto para 20 de novembro de 1889, teve de ser antecipado. No dia 14, os conspiradores divulgaram o boato de que o governo havia mandado prender Benjamin Constant Botelho de Magalhães e Deodoro da Fonseca. Posteriormente confirmou-se que era mesmo boato. Assim, os revolucionários anteciparam o golpe de estado, e, na madrugada do dia 15 de novembro, Deodoro iniciou o movimento de tropas do exército que pôs fim ao regime monárquico no Brasil.

Os conspiradores dirigiram-se à residência do marechal Deodoro, que estava doente com dispnéia,[1] e convencem-no a liderar o movimento.

Com esse pretexto de que Deodoro seria preso, ao amanhecer do dia 15 de Novembro, o marechal Deodoro da Fonseca, saiu de sua residência, atravessou o Campo de Santana, e, do outro lado do parque, conclamou os soldados do batalhão ali aquartelado, onde hoje se localiza o Palácio Duque de Caxias, a se rebelarem contra o governo. Oferecem um cavalo ao marechal, que nele montou, e, segundo testemunhos, tirou o chapéu e proclamou "Viva a República!". Depois apeou, atravessou novamente o parque e voltou para a sua residência. A manifestação prosseguiu com um desfile de tropas pela Rua Direita, atual rua 1º de Março, até o Paço Imperial.

Os revoltosos ocuparam o quartel-general do Rio de Janeiro e depois o Ministério da Guerra. Depuseram o Gabinete ministerial e prenderam seu presidente, Afonso Celso de Assis Figueiredo, Visconde de Ouro Preto.

No Paço Imperial, o presidente do gabinete (primeiro-ministro), Visconde de Ouro Preto, havia tentando resistir pedindo ao comandante do destacamento local e responsável pela segurança do Paço Imperial, general Floriano Peixoto, que enfrentasse os amotinados, explicando ao general Floriano Peixoto que havia, no local, tropas legalistas em número suficiente para derrotar os revoltosos. O Visconde de Ouro Preto lembrou a Floriano Peixoto que este havia enfrentado tropas bem mais numerosas na Guerra do Paraguai. Porém, o general Floriano Peixoto recusou-se a obedecer às ordens dadas pelo Visconde de Ouro Preto e assim se justificou sua insubordinação, respondendo ao Visconde de Ouro Preto:

Sim, mas lá (no Paraguai) tínhamos em frente inimigos e aqui somos todos brasileiros!

— Floriano Peixoto

Em seguida, aderindo ao movimento republicano, Floriano Peixoto deu voz de prisão ao chefe de governo Visconde de Ouro Preto.

O único ferido no episódio da proclamação da república foi o Barão de Ladário que resistiu à ordem de prisão dada pelos amotinados e levou um tiro. Consta que Deodoro não dirigiu crítica ao Imperador D. Pedro II e que vacilava em suas palavras. Relatos dizem que foi uma estratégia para evitar um derramamento de sangue. Sabia-se que Deodoro da Fonseca estava com o tenente-coronel Benjamin Constant ao seu lado e que havia alguns líderes republicanos civis naquele momento.

Na tarde do mesmo dia 15 de novembro, na Câmara Municipal do Rio de Janeiro, foi solenemente proclamada a República.

À noite, na Câmara Municipal do Município Neutro, o Rio de Janeiro, José do Patrocínio redigiu a proclamação oficial da República dos Estados Unidos do Brasil, aprovada sem votação. O texto foi para as gráficas de jornais que apoiavam a causa, e, só no dia seguinte, 16 de novembro, foi anunciado ao povo a mudança do regime político do Brasil.

D. Pedro II, que estava em Petrópolis, retornou ao Rio de Janeiro. Pensando que o objetivo dos revolucionários era apenas substituir o Gabinete de Ouro Preto, o Imperador D. Pedro II tentou ainda organizar outro gabinete ministerial, sob a presidência do conselheiro José Antônio Saraiva. O Imperador, em Petrópolis, foi informado e decidiu descer para a Corte. Ao saber do golpe de estado, o Imperador reconheceu a queda do Gabinete de Ouro Preto e procurou anunciar um novo nome para substituir o Visconde de Ouro Preto. No entanto, como nada fora dito sobre República até então, os republicanos mais exaltados, tendo Benjamin Constant à frente, espalharam o boato de que o Imperador escolheria Gaspar Silveira Martins, inimigo político de Deodoro da Fonseca desde os tempos do Rio Grande do Sul, para ser o novo chefe de governo. Com este engodo, Deodoro da Fonseca foi convencido a aderir à causa republicana. O Imperador foi informado disso e, desiludido, decidiu não oferecer resistência.

No dia seguinte, o major Frederico Sólon Sampaio Ribeiro entregou a D. Pedro II uma comunicação, cientificando-o da proclamação da república e ordenando sua partida para a Europa, a fim de evitar conturbações políticas. A família imperial brasileira exilou-se na Europa, só lhes sendo permitida a sua volta ao Brasil na década de 1920.

A Proclamação da República perante a História do Brasil

É possível considerar a legitimidade ou não da república no Brasil por diferentes ângulos.

Do ponto de vista do "Código Criminal do Império do Brasil", sancionado em 16 de dezembro de 1830, o crime cometido pelos republicanos foi:


Homenagem da Revista Illustrada à Proclamação da República."Art. 87. Tentar diretamente, e por fatos, destronizar o Imperador; privá-lo em todo, ou em parte da sua autoridade constitucional; ou alterar a ordem legítima da sucessão. Penas de prisão com trabalho por cinco a quinze anos. Se o crime se consumar: Penas de prisão perpétua com trabalho no grau máximo; prisão com trabalho por vinte anos no médio; e por dez anos no mínimo."

O Visconde de Ouro Preto, deposto em 15 de novembro, entendia que a proclamação da república fora um erro e que o Segundo Reinado tinha sido bom, e, assim se expressou em seu livro "Advento da ditadura militar no Brasil":

O Império não foi a ruína. Foi a conservação e o progresso. Durante meio século manteve íntegro, tranquilo e unido território colossal. O império converteu um país atrasado e pouco populoso em grande e forte nacionalidade, primeira potência sul-americana, considerada e respeitada em todo o mundo civilizado. Aos esforços do Império, principalmente, devem três povos vizinhos deveram o desaparecimento do despotismo mais cruel e aviltante. O Império aboliu de fato a pena de morte, extinguiu a escravidão, deu ao Brasil glórias imorredouras, paz interna, ordem, segurança e, mas que tudo, liberdade individual como não houve jamais em país algum. Quais as faltas ou crimes de D. Pedro II, que em quase cinquenta anos de reinado nunca perseguiu ninguém, nunca se lembrou de uma ingratidão, nunca vingou uma injúria, pronto sempre a perdoar, esquecer e beneficiar? Quais os erros praticados que o tornou merecedor da deposição e exílio quando, velho e enfermo, mais devia contar com o respeito e a veneração de seus concidadãos? A República brasileira, como foi proclamada, é uma obra de iniquidade. A República se levantou sobre os broqueis da soldadesca amotinada, vem de uma origem criminosa, realizou-se por meio de um atentado sem precedentes na História e terá uma existência efêmera!

— Visconde de Ouro Preto


Azulejo em São Simão em homenagem à proclamação da República.O movimento de 15 de Novembro de 1889 não foi o primeiro a buscar a República, embora tenha sido o único efetivamente bem-sucedido, e, segundo algumas versões, teria contado com apoio tanto das elites nacionais e regionais quanto da população de um modo geral:

Em 1788-1789, a Inconfidência Mineira e Tiradentes não buscavam apenas a independência, mas também, a proclamação de uma república, seguida de uma série de reformas políticas, econômicas e sociais;
Em 1824, diversos estados do Nordeste criaram um movimento independentista, dentre elas a Confederação do Equador, igualmente republicana;
Em 1839, na esteira da Revolução Farroupilha, proclamaram-se a República Rio-grandense e a República Juliana, respectivamente no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina.
Embora se argumente que não houve participação popular no movimento que terminou com o regime monárquico e implantou a república, o fato é que também não houve manifestações populares de apoio à monarquia, ao imperador ou de repúdio ao novo regime.

Alguns pesquisadores[quem?] argumentam que, caso a monarquia fosse "popular", haveria movimentos contrários à república em seguida, além da Guerra de Canudos. Entretanto, segundo outros pesquisadores[quem?], o que teria ocorrido foi uma crescente conscientização a respeito do novo regime e sua aprovação pelos mais diferentes setores da sociedade brasileira. Versão oposta é dada pela pesquisadora, Maria de Lourdes Mônaco Janoti, no livro "Os subversivos da República", no qual relata o medo que tiveram os republicanos, nas primeiras décadas da república, em relação a uma possível restauração da monarquia no Brasil. Maria Janoti mostra também, em seu livro, a repressão forte, por parte dos republicanos, a toda tentativa de se organizar grupos políticos monárquicos naquela época.

Neste sentido, um caso notável de resistência à república foi o do líder abolicionista José do Patrocínio, que, entre a abolição da escravatura e a proclamação da República, manteve-se fiel à monarquia, não por uma compreensão das necessidades sociais e políticas do país, mas, romanticamente, apenas devido a uma dívida de gratidão com a Princesa Isabel. Aliás, nesse período de aproximadamente 18 meses, José do Patrocínio constituiu a chamada "Guarda-Negra", que eram negros alforriados organizados para causar confusões e desordem em comícios republicanos, além de espancar os participantes de tais comícios.

Em relação à ausência de participação popular no movimento de 15 de novembro, um documento que teve grande repercussão foi o artigo de Aristides Lobo, que fora testemunha ocular da proclamação da República, no Diário Popular de São Paulo, em 18 de novembro, no qual dizia:

Por ora, a cor do governo é puramente militar e deverá ser assim. O fato foi deles, deles só porque a colaboração do elemento civil foi quase nula. O povo assistiu àquilo tudo bestializado, atônito, surpreso, sem conhecer o que significava. Muitos acreditaram seriamente estar vendo uma parada!

— Aristides Lobo

Na reunião na casa de Deodoro, na noite de 15 de novembro de 1889, foi decidido que se faria um referendo popular, para que o povo brasileiro aprovasse ou não, por meio do voto, a república. Porém esse plebiscito só ocorreu 104 anos depois, determinado pelo artigo 2º do Ato das disposições constitucionais transitórias da Constituição de 1988, no dia 21 de abril de 1993. Nesse plebiscito a opção "república" obteve 86% dos votos válidos.

Referências
1.↑ Proclamação da República - O fim do Império
2.↑ OURO PRETO, Visconde de, Advento da ditadura militar no Brasil, Imprimiere F. Pichon, Paris, 1891

O QUE PODEMOS DIZER DA PROCLAMAÇÃO DA REPÚBLICA

Há 121 anos, no dia 15 de novembro ano de 1889, um golpe de estado liderado pelo marechal Deodoro da Fonseca derrubava a monarquia e iniciava-se então o regime republicano no Brasil. Deodoro da Fonseca, era Monarca ferrenho foi tutor de D. Pedro II, aproveitou o momento e a conveniência para mudar de lado repentinamente deixou de ser Monarca e passou a ser Repúblicano e foi proclamado o 1º Presidente do Brasil. O Governo Deodoro foi marcado pelo esforço da implantação de um regime republicano e por grande instabilidade política e econômica, devido as tentativas de centralização do poder e oposição por parte de outros setores das Forças Armadas. A crise teve seu ápice no fechamento do Congresso Nacional do Brasil, o que mais tarde acabou levando à renúncia de Deodoro da Fonseca no dia 23 de novembro de 1891.

No entanto, essa é uma conquista contínua, que não se estabeleceu naquela data, mas começou a ser construída naquele momento. "Hoje nós comemoramos evidentemente um grande marco da cultura cívica, um momento importante da contemporaneidade brasileira. Mas essa é uma história que vem sendo escrita todos os dias", afirma.

"A partir de 1870, após a Guerra do Paraguai, a monarquia enfraqueceu muito. A campanha abolicionista começava e os demais países latino-americanos já tinham a condição de república. Quando a proclamação aconteceu, só nós, no continente, tínhamos o regime monárquico. É claro que a proclamação não significou um passe de mágica, todo o primeiro governo republicano, que durou até 1930, com a revolução civil liderada por Getulio Vargas que assumiu o poder durante 15 anos, portanto, até 1945 significou uma longa transição entre um regime e outro". Entretanto, a confirmação e aceitação da república no Brasil, deu-se com o plebiscito em que a sociedade brasileira realmente confirmou nas urnas que somos uma República no dia 21 de abril do ano de 1993. Nesse plebiscito a opção república obteve 86% dos votos válidos. Portanto, agora sim somos de fato e de direito uma República e não a patir de 15 de novembro de 1889, aquilo foi um golpe sem aprovação popular daquele momento da história do Brasil.

A proclamação também foi sinônimo de mudanças para o Estado do Pará. "Ainda em 1886, foi criada a Fundação do Clube Republicano, liderada por nomes como Lauro Sodré, Justo Chermont e Paes de Carvalho, homens de formação política e positivistas, e eles constituem os primeiros governos após a proclamação. Tivemos, na mesma época, a criação do Partido Republicano, do jornal A República, e de tantas outras ferramentas que fortalecem o regime e acompanham o próprio ritmo das transformações nacionais".

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

SAMBA DO CRIOULO DOIDO OU LAMBANÇA ?

CNJ: Sistema carcerário está sem controle no Pará e o ENEN no Brasil

No mesmo dia em que 18 presos foram mortos no Maranhão, o Conselho Nacional de Justiça divulgava o relatório sobre uma inspeção no Sistema Penitenciário do Pará. E o cenário encontrado é semelhante ao que gerou a rebelião em São Luís. Com um agravante: não há qualquer controle sobre o número de presos no Estado, muito menos segurança de que os processos dos presos estão regulares. Já as cabeças pensantes do ENEN misturaram alho com bugalho.

Do governo estadual, os juízes receberam a informação de que havia 12.153 presos no Pará. Depois, o governo estadual informou que havia, na verdade, 21.824 detentos. Ante a disparidade dos números, uma terceira lista foi pedida e chegou-se ao número aproximado de 10.030 presos. Mas a lista foi abandonada depois que os juízes constataram que pessoas que deveriam estar presas, conforme a Superintendência do Sistema Penitenciário do Estado, não estavam nas listagens dos presídios. No ENEN depois de mais uma lambança o Ministro da Educação determinou que cada candidato que se sentisse prejudicado fizesse um requerimento o que os lambanceiros iriam analisar caso a caso, acertadamente o Judiciario do Ceará tomou a dianteira do resto do Brasil e anulou o exame, que no meu entendimento esta REPROVADO que fique em dependência no Item COMPETÊNCIA E ZÊLO.

O descontrole também atinge os processos em tramitação no Judiciário local. Em muitos dos casos, não há sequer informações se a pessoa está presa. Em um dos casos analisados, e que exemplifica a falta de controle por parte do Judiciário, a vítima foi apontada no processo como ré e o criminoso tido por vítima. O efeito dessa troca é evidente: a vítima poderia ser presa e processada pelo crime que sofreu. Enquanto isso, o verdadeiro responsável não seria punido. Se isso ocorresse, o Estado seria, posteriormente, condenado a pagar uma indenização pelo erro. A troca de papéis só não foi realizada porque tratava-se de latrocínio: roubo seguido de morte. Semelhante ao cabeçalho do ENEN troca-se as posições ou seja a ordem das coisas e deixe as pessoas que se lasquem pra lá, é semelhante a uma troca de bebês na maternidade o que que tem, todos são crianças e irão para uma familia nada de grave isso na visão da UNE, que já não representa mais os interesses da classe estudantil nesse país, totalmente diferente dos estudantes de outrola. UNE

A União Nacional dos Estudantes, hoje uma entidade chapa branca, totalmente vinculada ao governo Lula, subsidiada com volumosos recursos oficiais, não tem autoridade moral para criticar as mazelas ocorridas no Enem.

Conselho

É difícil de explicar como o gerenciamento do Enem errou tanto e de modo tão elementar. É bom lembrar que foi o Conselho Federal de Educação que tentou banir Monteiro Lobato das escolas públicas.

Trapalhadas

Com gente com essa mentalidade na cúpula da educação nacional, não se poderia esperar de um exame importante como o Enem erros e trapalhadas.



Um outro exemplo: condenado a 15 anos de prisão por homicídio qualificado, Nilson Dumont de Sousa Machado recebeu o benefício da progressão de regime - do fechado para o semiaberto - em agosto deste ano. Porém, por lei, ele só poderia ser beneficiado em junho de 2013. No ENEN aconteceu de provas amarela, não existia a folha com as questões de MATEMÁTICA e outras estarem grampeadas fora da ordem cronologica como se fosse trabalho escolar de estudante do nivel fundamental.

Com todas essas imprecisões, dos mais de 10 mil presos, apenas 4.267 puderam ser atendidos pelo mutirão carcerário. E, desse total, 523 detentos acabaram soltos depois da passagem do CNJ - 151 que foram condenados e 372 que aguardavam julgamento.

MÉTODO FALHO

Em resposta ao relatório, o superintendente do Sistema Penitenciário do Estado do Pará, Justiniano Alves, rebateu as críticas sobre o suposto descontrole do número de presos no Estado. Segundo ele, a situação demonstra, na verdade, falta de maturidade do Conselho Nacional de Justiça - CNJ na coleta de dados. “Não houve erro. O que aconteceu foi um equívoco na solicitação feita à Susipe”. Igual o pronunciamento do lula a respeito do ENEN, foi tudo dentro da maior "COMPETÊNCIA" e "ORDEM" ou ORDEM E COMPETÊNCIA, já nem me lembro mais pois bobagem por bobagem, deixa a prova do ENEN que os alunos da escola GONDIM classificaram como BURRICE II PARTE ou PARTE II o que importa se a ordem esta alterada, não vai alterar em nada, isso na visão dos tecnocratas do MINISTÉRIO da EDUCAÇÃO.

De acordo com o superintendente, ao pedir a lista completa de informações do Estado, o CNJ não especificou se desejava o documento por número de presos ou por número de processos, o que gerou a disparidade de dados. “Alguns presos têm mais de uma ação, por isso os nomes repetidos”. Justiniano ainda garante que um dia após o erro de comunicação entre os órgãos, a lista correta com a relação de presos no Pará foi entregue ao Conselho. “Respeito e defendo o CNJ enquanto instituição, mas não posso deixar de me sentir ofendido com a conduta que eles tiveram durante a visita ao Estado. Foi uma agressão ao Pará”. Eu também respeito e muito o MEC o problema não é a sigla e sim as pessoas que trabalharam na elaboração do ENEN ano 2010, será que irão devolver o dinheiro que receberam o que não foi pouco, para promoverem toda essa lambança, não ofenderam não só a inteligência dos paraenses e sim de toda uma NAÇÃO.

O superintendente garantiu que irá responder ao relatório de forma detalhada, apresentando problemas e conquistas do Sistema Penitenciário do Pará. “Na hora de criticar todos apontam os defeitos, mas ninguém se mobiliza para encaminhar recursos e melhorar a nossa situação”, reclama. Pois é! " e tudo fica como dantes no quartel de abrantes" que venha ENEN 2011, pois o 2010 já era, esta REPROVADO.

sábado, 6 de novembro de 2010

RACISMO OU BURRICE ?

Já dizia um humorista "ESPANTA", que o Partido dos Trabalhadores PT criou tudo que não presta, o racismo, José dirceu, José jenuino e por Último kkkkk já começaram querem ressucitar a CPMF quem viver verá.

Vejam a última: O maravilhoso e prodigioso escritor paulista José Bento Monteiro Lobato nada mais do que popularmente conhecido MONTEIRO LOBATO, por muito pouco não foi banido das escolas públicas porque o Conselho Federal de Educação petista entendeu que o
clássico da literatura infantil Caçadas de Pedrinho possui conteúdo racista.

Só faltava esta heresia literária a ser cometida contra o maior escritor paulista e brasileiro. Não foi suficiente o ataque dos literatos modernistas. Os ossos do genial Monteiro Lobato devem ter fremido de raiva com a medida tão imbecilizante que levou o ministro da educação, Fernando Haddad, inteligentemente ter sustado o ato digamos imbecil.

O autor de Urupês, Negrinha, Reinações de Narizinho, Cidades Mortas e Sítio do Pica-pau Amarelo, que encantou milhões de seres humanos no mundo inteiro com suas criações, cuja leitura deveria ser incentivada, foi condenado pela retórica hipócrita dos verdadeiros racistas imbecis.

Fica aqui registrado meus votos de protestos e desagravo de um dos fãs do escritor que encantou não só a mim mais diversas crianças que hoje adultas certamente estão trilhando o bom caminho e estão vivendo o bom combate no coditiano da vida terrenea, Monteiro Lobato há mais de meio século declarou: ou o Brasil acaba com a saúva ou a saúva acaba com o Brasil, verdade que continua valendo para o populoso formigueiro que infesta o serviço público, até mesmo em seus elevados escalões.

Ou será que os imbecis irão também me censurar ou farão eu me calar. Só me faltava essa dizer que Monteiro lobato era racista.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

ADAM SMITH

Adam Smith (provavelmente Kirkcaldy, Fife, 5 de junho de 1723 — Edimburgo, 17 de Julho de 1790) foi um economista e filósofo escocês. Teve como cenário para a sua vida o atribulado século das Luzes, o século XVIII.

É o pai da economia moderna, e é considerado o mais importante teórico do liberalismo econômico. Autor de "Uma investigação sobre a natureza e a causa da riqueza das nações", a sua obra mais conhecida, e que continua sendo como referência para gerações de economistas, na qual procurou demonstrar que a riqueza das nações resultava da atuação de indivíduos que, movidos apenas pelo seu próprio interesse (self-interest), promoviam o crescimento econômico e a inovação tecnológica.

Smith ilustrou bem seu pensamento ao afirmar "não é da benevolência do padeiro, do açougueiro ou do cervejeiro que eu espero que saia o meu jantar, mas sim do empenho deles em promover seu "auto-interesse".

Assim acreditava que a iniciativa privada deveria agir livremente, com pouca ou nenhuma intervenção governamental. A competição livre entre os diversos fornecedores levaria não só à queda do preço das mercadorias, mas também a constantes inovações tecnológicas, no afã de baratear o custo de produção e vencer os competidores.

Ele analisou a divisão do trabalho como um fator evolucionário poderoso a propulsionar a economia. Uma frase de Adam Smith se tornou famosa: "Assim, o mercador ou comerciante, movido apenas pelo seu próprio interesse egoísta (self-interest), é levado por uma mão invisível a promover algo que nunca fez parte do interesse dele: o bem-estar da sociedade." Como resultado da atuação dessa "mão invisível", o preço das mercadorias deveria descer e os salários deveriam subir.

As doutrinas de Adam Smith exerceram uma rápida e intensa influência na burguesia (comerciantes, industriais e financistas), pois queriam acabar com os direitos feudais e com o mercantilismo.

Biografia

Adam Smith era filho de um controlador alfandegário em Kirkcaldy, na Escócia. A data exata do seu nascimento é desconhecida, mas ele foi batizado em Kirkcaldy em 5 de junho de 1723, tendo o seu pai falecido seis meses antes.

Aos 15 anos, Smith matriculou-se na Universidade de Glasgow, onde estudou Filosofia moral com o "inesquecível" Francis Hutcheson. Em 1740, entrou para o Balliol College da Universidade de Oxford, mas, como disse William Robert Scott, "o Oxford deste tempo deu-lhe pouca ajuda (se é que a deu) para o que viria a ser a sua obra" e acabou por abdicar da sua bolsa em 1746. Em 1748 começou a dar aulas em Edimburgo sob o patronato de Lord Kames. Algumas destas aulas eram de retórica e de literatura, mas mais tarde dedicou-se à cadeira de "progresso da opulência", e foi então, em finais dos anos 1740, que ele expôs pela primeira vez a filosofia econômica do "sistema simples e óbvio da liberdade natural" que ele viria a proclamar no seu Inquérito sobre a natureza e as causas da riqueza das Nações.

Por volta de 1750, conheceu o filósofo David Hume, que se tornou um dos seus mais próximos amigos.

Em 1751, Smith foi nomeado professor de Lógica na Universidade de Glasgow, passando, no ano seguinte, a dar a cadeira de Filosofia Moral. Nas suas aulas, cobria os campos da ética, retórica, jurisprudência e política econômica ou ainda "polícia e rendimento".

Em 1759, publicou a Teoria dos sentimentos morais, uma das suas mais conhecidas obras, incorporando algumas das suas aulas de Glasgow. Este trabalho, que estabeleceu a reputação de Smith durante a sua própria vida, refere-se à explicação da aprovação ou desaprovação moral. A sua capacidade de argumentação, fluência e persuasão, mesmo que através de uso da retórica, estão ali bem patenteados. Ele baseia a sua explicação, não como o terceiro Lord Shaftesbury e Hutcheson tinham feito, num "sentido moral", nem como David Hume, com base num decisivo sentido de utilidade, mas sim na empatia.

Tem havido uma controvérsia considerável quanto a saber se há ou não uma contradição ou contraste entre a ênfase de Smith na empatia (ou compaixão) como motivação humana fundamental em "sentimentos morais", e o papel essencial do auto-interesse na "riqueza das nações". Este parece colocar mais ênfase na harmonia geral dos motivos e atividades humanas sob uma providência benigna no primeiro livro, enquanto que no segundo livro, apesar do tema geral da "mão invisível" promovendo a harmonia de interesses, Smith encontra mais ocasiões para apontar causas de conflitos e o egoísmo estreito da motivação humana.

Smith começava agora a dar mais atenção à jurisprudência e à economia nas suas aulas, e menos às suas teorias de moral. Esta ideia é reforçada pelas notas tomadas por um dos seus alunos por volta de 1763, mais tarde editadas por Edwin Cannan Aulas de justiça, polícia, rendimento e armas, 1896, e pelo que Scott, que o descobriu e publicou, descreve em "Um esboço inicial de parte da Riqueza das Nações" ("An early draft of part of the Wealth of Nations"), datado de 1763.

No final de 1763, Smith obteve um posto bem remunerado como tutor do jovem duque de Buccleuch e deixou o cargo de professor.

De 1764 a 1766, viajou com o seu protegido, sobretudo pela França, onde veio a conhecer líderes intelectuais como Turgot, d'Alembert, André Morellet, Helvétius e, em particular, François Quesnay, o principal nome na escola fisiocrática da economia, cuja obra ele respeitava muito.

Depois de voltar para Kirkcaldy, dedicou muito do seu tempo nos dez anos seguintes à sua magnum opus, que surgiu em 1776.

Em 1778, recebeu um posto confortável como comissário da alfândega da Escócia e foi viver com a sua mãe em Edimburgo. Faleceu na capital escocesa a 17 de julho de 1790, depois de uma dolorosa doença.

Tinha aparentemente dedicado uma parte considerável dos seus rendimentos a numerosos atos secretos de caridade. -

[editar] Posição face à situação nos EUA
Na sua estada em Glasgow, onde foi professor na universidade local entre 1751 e 1764, Adam Smith travou contato com vários dos comerciantes de tabaco da cidade, como por exemplo John Glassford.

Estes punham-no a par dos últimos acontecimentos nas colônias inglesas, nas quais os ingleses impunham uma restritiva política econômica, como altos impostos e frequentemente situações de monopólio.

As manufaturas inglesas tinham nas colônias americanas um importante cliente, e alguns empresários influentes exigiram junto ao parlamento inglês que fosse proibido aos norte-americanos a produção de bens similares, a fim de proteger seus negócios.

Adam Smith sabia que estas restrições acabariam por resultar na revolta dos americanos. Como Benjamin Rush, um doutor e líder cívico da Pensilvânia disse em 1775: "Um povo que depende de estrangeiros para comida e vestimentas será sempre dependente deles". Os americanos não tolerariam essas ingerências.

A solução de Adam Smith para as colónias americanas era fomentar o livre comércio, acabar com os pesados impostos aduaneiros e restrições comerciais e oferecer às colônias uma representação política no parlamento de [[Westa

Obra

Pouco antes da sua morte, os manuscritos de Smith tinham sido quase totalmente destruídos. Nos seus últimos anos, ele teria planejado dois grandes tratados, um sobre a teoria e história do Direito e outro sobre ciências e artes. Os Ensaios sobre temas filosóficos (1795), posteriormente publicados, contém provavelmente partes do que deveriam ter sido o último daqueles dois tratados.

A Riqueza das Nações foi muito influente, uma vez que foi uma grande contribuição para o estudo da economia e para a tornar uma disciplina autônoma. Este livro tornar-se-ia, provavelmente, uma das obras mais influentes no mundo ocidental.

Quando o livro, que se tornaria um manifesto contra o mercantilismo, foi publicado em 1776, havia um sentimento forte a favor do livre comércio, quer no Reino Unido como também nos Estados Unidos. Esse novo sentimento teria nascido das dificuldades econômicas e as privações causadas pela guerra. No entanto, ao tempo da publicação nem toda a gente estava convencida das vantagens do livre comércio: o parlamento inglês e o público em geral continuariam apegados ao mercantilismo por muitos anos.

A Riqueza das nações, e também a Teoria dos sentimentos morais, este de menor impacto, tornaram-se ponto de partida para qualquer defesa ou crítica de formas do capitalismo, nomeadamente influenciando a escrita de Karl Marx e de economistas humanistas. Em anos recentes, muitos afirmaram que Adam Smith foi tomado de rapto por economistas liberais (Laissez-faire economists) e que como a Teoria dos sentimentos morais mostra, Smith tinha uma inclinação pelo humanismo.

Tem havido alguma controvérsia sobre a extensão da originalidade de Smith em Riqueza das nações; alguns argumentam que esta obra acrescentou pouco às ideias estabelecidas por pensadores como David Hume e Montesquieu. No entanto, ela permanece como um dos livros mais influentes neste campo até hoje.

A obra de Smith aclamada quer pelo mundo acadêmico como na prática. O primeiro-ministro britânico William Pitt, a braços com a derrocada econômica e social dos anos que se seguiram à independência americana, foi um partidário do comércio livre e chamou Riqueza das nações de "a melhor solução para todas as questões ligadas à história do comércio e com o sistema de economia política".

A obra Riqueza das Nações popularizou-se pelo uso da expressão da mão invisível do mercado. Segundo Adam Smith os agentes econômicos atuando livremente chegariam a uma situação de eficiência, dispensando assim a ação do Estado para esse efeito. Assim. atuando de forma livre, os mercados seriam regidos como se por uma mão invisível que o regula automaticamente sempre chegando a situação ótima ou de máxima eficiência. Curiosamente a expressão aparece apenas uma vez na obra Riqueza das Nações.
Governo de Magalhães Barata no Pará (1930-1950)

Joaquim de Magalhães Cardoso Barata foi um dos maiores líderes políticos do Pará no século XX. Isto pode ser compreendido pelo seu governo nitidamente populista, que desenvolveu desde sua primeira interventoria, de novembro de 1930 a abril de 1934. O seu governo foi bem peculiar, pois até então todos os governantes do Pará eram claramente elitistas, encontravam seu apoio no topo da pirâmide social paraense e não misturavam suas políticas com o povo.

Vindo de uma revolução, Magalhães Barata, já bastante conhecido por sua participação nos movimentos tenentistas dos anos de 1920, revolucionou na chefia do Executivo estadual. De fato, o fez sem motivações demagógicas, pois, era previsto, tão cedo não haveriam eleições, vivendo o país em uma atmosfera de exceção. Sem se preocupar em agredir e prejudicar a elite, Barata assumiu a Interventoria disposto a renovar os costumes políticos e os modelos administrativos até então em voga. Em primeiro lugar, tomou uma decisão radical: abriu os portões do Palácio do Governo para o povo; e os humildes moradores dos subúrbios de Belém pela primeira vez tiveram a oportunidade de subir as escadarias do Palácio, para as famosas e pioneiras “audiências públicas”. Nelas, Barata exercia múltiplos papeis: era governador, prefeito, juiz, promotor, advogado, etc. Pacientemente ouvia as queixas ou pedidos e buscava resolvê-los.

Magalhães Barata.

Muitas das medidas que adotou alicerçaram o seu prestigio e poder no seio do povo paraense:

•Criação da Assistência Judiciária, que permitia, para o povo humilde, de graça, defesa na justiça, e que serviu de modelo para outros Estados no país.

•A desapropriação de grande área nos subúrbios de Belém para distribuição gratuita.

•O decreto congelando os aluguéis residenciais.

•A desapropriação de imensos castanhais na Zona do Tocantins, com títulos de terra dados para os antigos posseiros, promovendo a primeira reforma agrária no Brasil.

•O aumento de 50% no imposto estadual para as empresas que não tivessem, pelo menos, dois terços de brasileiros entre os seus empregados.

•A questão da Corda da Berlinda, no Círio de Nazaré, abolida desde 1926 pelo arcebispo D Irineu Joffly. No Círio de 1931, a tradição voltou.

Se Barata conseguia, com sua política populista a admiração do povo dos subúrbios, conseguiu de igual modo a idolatria do caboclo do interior. Devido à política elitista da República Velha, da “ditadura dos gabinetes”, um governador raramente ia ao interior do Estado. Foi Magalhães Barata quem instituiu, pela primeira vez, o chamado governo itinerante: percorreu, com sua equipe de trabalho, todo o Pará. Não houve uma cidade, uma vila que não tivesse recebido a visita do interventor levando médicos, dentistas, enfermeiros e grande carga de medicamentos.

Magalhães Barata.

Contudo, muitos fatores colaboraram para que a chamada elite se transformasse em ferrenha inimiga de Barata e, em decorrência disto, Belém se transformara no reduto desse antagonismo. Paulo Maranhão, o maior panfletário da imprensa paraense, centralizou a campanha adversária a Magalhães Barata, logo que a imprensa recuperou a sua liberdade de opinião. A elite conseguiu empolgar grande parte da população de Belém com sua campanha antibaratista:

Uma oposição frutífera, que ganhou maior número de adeptos nos grandes centros urbanos, nas capitais, onde existia imprensa, escolas, grau superior de politização. Muitas camadas da sociedade paraense não receberam bem a Revolução de 1930. Na realidade, a Revolução no Pará fora feita por poucos militares e um número limitado de civis. O rigor do fisco contra os grandes comerciantes, provocou muitos conflitos com as classes conservadoras. A violência que, em muitos momentos, dominou o ambiente; bem compreensível quando se vive em um regime de exceção. O desejo de redemocratização, de reconstitucionalização que havia em toda a nação.

A forte oposição da Frente Única Paraense

Em decorrência da revolta constitucionalista de São Paulo, em 1932, com reflexos em Belém e em Óbidos, o presidente Getúlio Vargas abriu mais a política nacional, convocando a constituinte em 1933. O situacionismo regional formou o Partido Liberal, com uma perfeita divisão de poderes: Barata era o único chefe da máquina administrativa do Estado; e Abel Chermont, escolhido presidente do partido, ficava com a chefia política. No pleito de 3 de maio, a oposição não teve muitas chances. Numa campanha sem muita violência, os baratistas-abelistas elegeram todos os deputados federais constituintes: Mário Chermont, Moura Carvalho, padre Leandro Pinheiro, Rodrigues Veiga Cabral, Clemente Lisboa e Joaquim Pimenta Magalhães.

Os oposicionistas congregaram-se em um partido ao qual denominaram Frente Única Paraense, que tinha na presidência o advogado Samuel MacDowell, um dos nomes mais respeitáveis do Pará. Toda campanha eleitoral girou em trono do próximo governador, que seria escolhido pelos novos deputados. O partido que obtivesse maioria faria o novo chefe do Estado. O Partido Liberal indicara o nome de Magalhães Barata; a Frente Única fora buscar em Lauro Sodré o nome legendário que precisava para enfrentar a máquina eleitoral montada pelo Liberal.

Em 11 de outubro de 1934 Lauro Sodré, já com 77 anos, chegou em Belém para a campanha da Frente Única. Travado o pleito, os liberais elegeram sete dos nove deputados federais e 21 dos 30 deputados estaduais. Tudo parecia consumado, e a eleição de Barata tranqüila. No entanto, às vésperas da instalação da Constituinte, a famosa dissidência do Partido Liberal. Sete deputados romperam com Barata, garantindo para a Frente Única uma maioria na qual jamais sonhara. Na madrugada de 4 de abril de 1935, dia da eleição indireta do governador, os Chermont, mais Abelardo Conduru e os deputados frenteunistas (Samuel, MacDowell, Aldebaro Klautau, JOÃO Botelho, J.J. Aben-Athar, Antonino Emiliano de Souza Castro, José Dias Júnior, Antonino Melo, Antônio Magno da Silva e Borges Leal) se homiziaram no quartel-general do Exército, em companhia dos sete deputados dissidentes do Liberal: Ernestino Souza Filho, Franco Mártires, João Sá, Djalma Machado, Alberto Barreiros, Reis e Silva e Raimundo Magno Camarão.

O candidato para o governo dessa nova maioria seria Mário Chermont. Quando a notícia se espalhou, a cidade de Belém ficou em pé de guerra. Os deputados do Liberal que ficaram fiéis a Barata (Octávio Meira, Bianor Penalber, Aníbal Duarte, Arnaldo Augusto da Mata, Sinval Coutinho, Pedro Nunes Rodrigues, Octávio Oliva, Ápio Medrado, Eurico Romariz, Aláudio Pauxis e Tomaz Carvalho) foram à Assembléia Legislativa. Ápio Medrado, eleito presidente na véspera, convocou três suplentes para dar o quorum necessário. A sessão foi realizada, sendo Barata eleito governador e Fenelon Perdigão e Ápio Medrado eleitos para o Senado. Na mesma ocasião Barata tomou posse.

Entretanto, no dia seguinte os deputados homiziados no QG, devidamente munidos de um habeas-corpus e com o desembargador Dantas Cavalcanti à frente, dirigiram-se para a Assembléia, para elegerem o governador e os senadores. Saíram do quartel, localizado na Praça da Bandeira; porém não atingiram o prédio da Prefeitura, onde funcionava a Assembléia: houve tiroteio, com mortos e feridos. A repercussão nacional foi significativa. O presidente Vargas nomeou o major Carneiro de Mendonça para interventor do Pará, com a missão de encontrar uma saída para o grave impasse. O novo governador não poderia ser nem Magalhães Barata nem Mário Chermont. E, de comum acordo, a escolha recaiu sobre José Carneiro da Gama Malcher, que fora intendente de Belém no início da Revolução e que fora, por outro lado, um dos fundadores do Partido Liberal. Os senadores eleitos (28 de abril de 1935): Abel Chermont (oito anos) e Abelardo Conduru (quatro anos).

Não houve uma contra-ofensiva para desfazer a imagem de vítima de uma traição que pairou sobre Barata. Malcher governou de 1935 a 1943, durante quase oito anos; de governador e interventor, com a decretação do Estado Novo. O Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP), com força política e policial, poderia ter desmontado a máquina publicitária criada para conservar a imagem de Barata. Mas o governo de Malcher, nascido de uma coligação provisória para derrubar um adversário comum, em termos políticos foi caótico. Barata caíra do poder: a Frente Única atingia o seu objetivo.

O retorno de Magalhães Barata

Em fevereiro de 1943 Barata voltou ao poder no Pará. Com a queda do Estado Novo e a conseqüente redemocratização do país, Barata filiou-se ao Partido Social Democrático (PSD), com diretórios em todo o interior, já que todos os prefeitos tinham sido por ele denominados. Os velhos frenteunistas dividiram-se em vários partidos. Na primeira eleição efetuada em dezembro de 1945, para a Constituinte Federal, havia duas vagas para o Senado: Barata elegeu-se a si próprio e a Álvaro Adolpho e fez sete dos dez deputados.

Para as eleições de 1950, os oposicionistas resolveram deixar de lado as arestas ou questões pessoais e uniram-se, para enfrentar o adversário comum. E a Coligação Democrática Paraense voltou a indicar o nome de Assumpção. O PSD marchou com o próprio Barata. A 30 de janeiro de 1951 realizaram-se as eleições suplementares. O resultado final da apuração deu vitória ao candidato coligado. Os remanescentes do frenteunismo, pela segunda vez, derrubaram Barata e assumiram o poder.

A posse de Assumpção fora apoteótica. Houver quem considerasse Barata liquidado. Mas não demorou muito para que os conflitos entre os membros da Coligação minasse suas próprias bases, dando nova esperança ao baratismo. No pleito para a renovação do Senado, em 1954, a divisão evidenciou-se outra vez: os coligados disputaram a vaga de senador com dois candidatos: Paulo Maranhão e Epílogo de Campos. Resultado: Barata se reelegeu. No pleito governamental de 1955 a Coligação marcou com um candidato único, Epílogo de Campos, indicado pela União Democrática Nacional (UDN), para enfrentar Magalhães Barata. E, Magalhães Barata, pela terceira vez – e pela primeira eleito pelo povo – tomou posse no governo do Pará.

Sabendo que seria a última vez que chefiaria o Estado (tinha quase 70 anos), Barat desejou executar uma política de conciliação, atraindo para o seu lado, antigos adversários que com ele poderiam colaborar. Não chegou a governar três anos. Morreu a 29 de maio de 1959, vitima de leucemia, não sem antes conseguir a eleição, pela Assembléia, do seu substituto, o então deputado Moura Carvalho, que pela segunda vez voltou a governar o Pará. Barata morreu como governador, 29 anos depois de ter surgido na política. Sem ter realizado arrojadas obras administrativas (ao contrário de Augusto Montenegro e de Antônio Lemos), com quedas e soerguimentos, Magalhães Barata dominou a política paraense durante quase 30 anos, porque soube ser líder. E, à sua sombra, até 1964, o seu partido manteve-se no poder, sob liderança de Moura Carvalho.

São muitas as histórias populares sobre Magalhães Barata, veja algumas:

"Certa vez em visita ao interior do Estado na zona bragantina um moça muito bonita pediu-lhe que a ajuda-se, que arrumase um emprego para ela. Diante do pedido Barata chamou o Secretario de Educação e determinou que empregase a moça como professora, minutos depois o secretario volta e disse; Sr. governador aquela moça que o senhor mandou empregar como professora é analfabeta, imediatamente o governador disse "ENTÃO APOSENTA".

Ainda hoje as pessoas de mais idade comentam que esse negocio de direitos humanos no tempo do Barata não teria muita chance.

"As cadeias não ficavam super-lotada, contam que Barata visitava pessoalmente a cadeia pública e caminhava sozinho pelas ruas de Belém, a qualquer hora do dia ou da noite. Ao visitar a cadeia fazia o que se chama na giria polícial de triagem, na presença dos políciais perguntava o delito de cada um que alí se encontrava, se o sujeitro não fosse reincidente ele mandava soltar na hora ou dependendo do caso se não fosse grave, se prendia até por embriagues, quando o sujeito já era reincidente mandava-os para o presídio na ilha do cotijuba, e quando o cotijuba estava lotado, era retirado os mais perigosos (hoje se chama de alta periculosidade, (aquele que não tem mais jeito), e os colocava em embarcação com destino a Belém amarrado os pés juntamente com uma pedra de bom tamanho mais ou menos equivalente o peso do sujeito e no meio da baia do guajará era jogado do barco, se o sujeito se livrase da corda e nadase até Belém estava livre, assim era o julgamento imediato e não deixava as cadeias super-lotadas".

Muitos do povo ainda dizem "SE FOSSE NO TEMPO DO BARATA" NÃO EXISTIA ESSE NEGOCIO DE GANG E ASSALTOS REALIZADOS A LUZ DO DIA.