Segunda Guerra Mundial
a Guerra Mundial
e Setembro de
1939 –
2 de Setembro de
1945Local
Europa,
Oceano Atlântico,
África,
Médio Oriente,
Sueste asiático e
Oceano PacíficoDesfecho
Vitória
Aliada. Criação da
Organização das Nações Unidas. Criação de duas superpotências:
Estados Unidos e
União Soviética iniciando-se a
Guerra Fria.
Intervenientes
AliadosEixoPrincipais líderes
Líderes AliadosLíderes do EixoVítimas
61 milhões dos aliados
12 milhões dos eixo
A Segunda Guerra Mundial foi um conflito bélico ocorrido no
Século XX, envolvendo as forças armadas de mais de setenta países, opondo os
Aliados às
Potências do Eixo.
A guerra começou em
1 de setembro de
1939 [1] com a
invasão da Polônia pela Alemanha e as subsequentes declarações de guerra da
França e da
Grã-Bretanha, prolongando-se até
2 de setembro de
1945.
Em estado de
guerra total, mobilizou mais de 100 milhões de militares, e causou a morte de, aproximadamente, setenta milhões de pessoas (cerca de 2% da população mundial da época), a maioria das quais civis. Foi o maior e mais sangrento conflito de toda a história da
Humanidade.
As principais nações que lutaram pelo Eixo foram:
Alemanha,
Itália e
Japão. As que lutaram pelos Aliados foram, principalmente: Grã-Bretanha, França,
União Soviética,
Estados Unidos e
China.
A guerra se encerrou com a rendição das nações do Eixo, seguindo-se a criação da ONU (Organização das
Nações Unidas), o início da
Guerra Fria entre Estados Unidos e União Soviética (que emergiram do conflito como super-potências mundiais) e a aceleração do processo de
descolonização da
Ásia e da
África.
A
Primeira Guerra Mundial - "feita para pôr fim a todas as guerras" - transformou-se no ponto de partida de novos e irreconciliáveis conflitos, pois o
Tratado de Versalhes (
1919) disseminou um forte sentimento nacionalista, que culminou no
totalitarismo nazi-
fascista. As contradições se aguçaram com os efeitos da
Grande Depressão. Nesse cenário, surgiram e se consolidaram vários regimes totalitários na Europa. . O germânico de origem austríaca
Adolf Hitler - líder do
Partido Nazista, que se tornara o
Führer do
Terceiro Reich - defendia que a Alemanha necessitava mais espaço vital, ou "Lebensraum", e pretendia conquistá-lo na
Europa Oriental (política que, ao lado da contraposição ideológica, o levaria, cedo ou tarde, ao confronto com a URSS). Valendo-se da
Política de apaziguamento, praticada pela Grã-Bretanha (do
Primeiro-ministro Neville Chamberlain) e secundada pela França (do presidente
Édouard Daladier), Hitler conseguiu, inicialmente, concretizar uma série espantosa de conquistas incruentas: remilitarizou a
Renânia, anexou a Àustria, e incorporou os
Sudetos, destruindo a
Tchecoslováquia. Mas quando avançou sobre a
Polônia, os ingleses e franceses reagiram, iniciando-se a Segunda Guerra Mundial.
Hitler na rota da Expansão
Logo após o abandono da
Liga das Nações (que já se ressentia da ausência dos
Estados Unidos e
URSS) pelo
Japão, foi a vez da
Alemanha retirar-se. Anunciando a saída da representação germânica,
Hitler declarou que o não desarmamento das outras nações obrigava a Alemanha àquela forma de protesto. Embora na realidade ele simplesmente desejasse furtar-se às peias que a Liga das Nações poderia opor à sua política militarista, o
Führer teve o cuidado de reiterar os propósitos pacifistas de seu governo. Aliás, nos anos seguintes, Hitler proclamaria suas intenções conciliatórias em várias oportunidades, como meio de acobertar objetivos
expansionistas.
O
nazismo fortalecia-se rapidamente na
Alemanha. Hitler precisava do apoio de
Reichswehr para realizar o rearmamento alemão, mas a maioria dos generais mantivera-se até então numa atitude de expectativa em relação ao novo governo. A pretensão da
SA, manifestada por seus chefes em múltiplas ocasiões, de se transformarem em exército nacional, horrorizava os militares profissionais, educados na
Escola von Seeckt. Parecia-lhes um absurdo entregar aquela pequena, mas eficientíssima máquina, que era Reichswehr, nas mãos dos turbulentos "
camisas pardas", acostumados apenas a combates de rua. Hitler inclinava-se a dar razão aos generais, o que vinha contra os interesses dos membros da SA mais radicais. Em alguns círculos da milícia nazista, já se falava na necessidade de uma segunda revolução que restituísse ao Partido o ímpeto inicial.
O capitão
Ernst Röhm, grande influenciador das tropas de choque nazistas, a
SA, passou então a não só se mostrar mais radical ao Führer, mas ainda a incentivar a deposição de
Adolf Hitler e fazer então um novo Putsch.
Heinrich Himmler, chefe da
SS, que na época era apenas uma subdivisão da SA, entregou a Hitler provas dos planos elaborados por Röhm - uma tentativa de assassinato a todos os grandes nomes do partido nazista, que, segundo os próprios planos, seria conhecido como
Noite das facas longas.
Por ordem expressa do Führer, foram realizadas execuções sumárias, realizadas pela
SS e pela
SD, na noite de
29 para
30 de Junho de
1934. Por ironia, Adolf Hitler deu às execuções o próprio nome idealizado por Röhm,
Noite das Facas Longas. Quase todos os líderes da SA, a começar por seu chefe, o Capitão
Ernst Röhm, foram passados pelas armas, juntamente com alguns políticos oposicionistas e o General
von Schleicher (Kurt, 1882-1934), que era o maior opositor a Hitler no seio da Reichswehr. Tal decisão provocou a morte de algumas centenas de pessoas, muitas das quais eram fiéis do Partido, desde longa data.
Com essas execuções, o Führer atingiu um duplo objetivo: extinguiu os gérmenes da rebelião entre os SA, desde então reduzidos a um papel meramente decorativo, e deu aos generais uma sangrenta garantia de que pretendia conservá-los na direção da Reichswehr. O expurgo fora levado a cabo pela
SS, tropas de elite do Partido, ligadas a Hitler por um juramento especial. Esse corpo de homens selecionados, formando uma verdadeira guarda do regime, iniciou naquele dia a ascensão que iria levá-lo, sob a chefia de
Heinrich Himmler, ao controle total da vida alemã, em nome de Hitler. Em
1945, quase um milhão de homens tinha envergado o uniforme negro com a insígnia da caveira, partindo de um núcleo que em
1929 contava com apenas 280 elementos.
A
Noite das Facas Longas fez a Reichswehr cerrar fileiras em torno de Hitler, que, reforçado por tal sustentáculo, pode então se dedicar a seus planos longamente acalentados.
A primeira tentativa expansionista do
III Reich fracassou. Desde sua ascensão ao poder, Hitler vinha incentivando o desenvolvimento de um partido nazista austríaco, como base para uma posterior anexação da
Áustria à Alemanha. Nessa época, os austríacos estavam sob o governo ditatorial do chanceler católico
Engelbert Dollfuss, inquebrantável defensor da independência de seu país. Em
27 de Julho de
1934, Dollfuss foi assassinado em
Viena, por um grupo de nazistas sublevados.
Mussolini, temendo que os alemães ocupassem a Áustria, enviou tropas para a fronteira, enquanto a
Europa era sacudida por um frêmito de indignação contra a Alemanha. Hitler, porém, recuou, negando qualquer conivência com os conspiradores austríacos. Dollfuss foi sucedido por
von Schuschnigg (Kurt Edler, n. 1897), que continuou a política conservadora e
nacionalista de seu antecessor.
Reincorporação do Sarre e criação de uma "Luftwaffe"
Em
13 de janeiro de
1935, o
nazismo obteve seu primeiro sucesso internacional. O
Sarre era um antigo território
alemão que tivera suas jazidas exploradas pelos
franceses, durante 15 anos, como parte das reparações de guerra estabelecidas pelo
Tratado de Versalhes. Agora, um
plebiscito junto à população decidia, por maioria esmagadora, a reincorporação do Sarre ao
Reich. Logo em seguida, em março,
Hitler abalava a
Europa com duas declarações retumbantes: No dia 9, anunciou a criação da
Luftwaffe (Força Aérea) e, no dia 16, o restabelecimento do serviço militar obrigatório, elevando imediatamente os efetivos de
Wehrmacht (Força de Defesa, novo nome das forças armadas alemãs), de 100.000 para 500.000 homens. Ambas as declarações foram feitas em sábados, para que seu impacto internacional fosse amortecido pelos feriados dos fins-de-semana.
As
potências, alarmadas com o rearmamento
germânico, decidiram, na
Conferência de Stresa (abril de
1935), formar uma frente antialemã, condenando o repúdio
unilateral de qualquer tratado de fronteiras na
Europa e garantindo a
independência da
Áustria. Observe-se, porém, que a declaração de
Stresa, subscrita pela
Grã-Bretanha,
França e
Itália, não proibia a alteração de
fronteiras fora da Europa, não impedindo a
Mussolini a conquista da
Etiópia.
Em represália às decisões de Stresa, Hitler denunciou, em
21 de maio de
1935, todas as cláusulas militares do Tratado de Versalhes. Manifestando, como sempre, seus objetivos pacíficos, o
Führer restituía à
Alemanha a liberdade de ação no campo dos
armamentos.
O governo
inglês, preocupado com um possível desenvolvimento da
marinha de guerra germânica, iniciou negociações secretas com os alemães, sem qualquer consulta à
França. Em
18 de junho de
1935, a Europa soube, estarrecida, que
Londres permitia aos nazistas a construção de uma
frota de
alto-mar, equivalente a 1/3 da
marinha britânica, com uma proporção ainda maior de
submarinos. Tal acordo equiparava a força naval alemã à francesa. A notícia provocou em
Paris uma profunda irritação contra os britânicos, que haviam agido em função de seus interesses exclusivos e abandonado a França, diante de uma Alemanha cada vez mais poderosa. Ressentidos com os britânicos, os franceses procuraram então se aproximar da
Itália, como um meio de barrar o caminho à
Alemanha. O principal propugnador dessa nova orientação política da
França foi o
Primeiro-ministro francês
Pierre Laval.
Mussolini aceitou com entusiasmo a mão que a França lhe estendia, o que vinha servir seus planos
imperialistas. O
fascismo consolidara-se internamente, e a população italiana atingira um nível de prosperidade material até então jamais alcançado.
Fiume fora definitivamente incorporada à Itália, mediante a concordância
iugoslava. Satisfaziam-se assim as reivindicações
nacionalistas italianas.
Entretanto, a própria psicologia do fascismo obrigava os dirigentes a estimularem constantemente o povo, conservando-o sempre excitado, a fim de manter o prestígio de Mussolini. O
Duce queria evitar que a população italiana se habituasse à rotina, diminuindo o apoio ruidoso que lhe prestava e que afagava sua volúpia de poder. Devido a seu temperamento, era um líder que precisava de grandes gestos e de atos igualmente grandiosos, para alimentar sua enorme vaidade. Embora houvesse feito uma administração de incontestável valor na Itália, isso não lhe bastava. Sua concepção histórica impelia-o a imitar
Júlio César, fazendo-o entrar, também, para a galeria dos grandes homens, sob o tríplice rótulo de administrador,
estadista e conquistador.
O início da guerra
Em
1936, o governo japonês assinou com a Alemanha o Pacto Anti-Komintern (anticomunista) com o objetivo de combater o comunismo soviético, sendo a
URSS a principal liderança comunista da
Europa e
Ásia. Devido a cultura militarista do Japão, um país de poucos recursos, eles planejaram conquistar todos os territórios da Ásia, o que incluía, a
Coréia, a
China e as ilhas do
Pacífico. Porém o
Tratado de Versalhes impedia as ambições japonesas, o que eles consideravam uma traição por parte das potências vencedoras da 1ª Guerra, pois o Japão ficou do lado delas, então eles se aliaram a Alemanha, cuja política expansionista ia ao encontro das ambições japonesas de conquistas territoriais.
A Guerra Sino-Japonesa pode ser dividida em dois períodos:
Primeiro Período 1937-1941
A guerra sino-japonesa divide-se em dois grandes períodos: o primeiro deles, denominado de período crítico, teve seu início em julho de
1937 quando os nipônicos lançam sua ofensiva-relâmpago sobre as províncias do Norte e Leste (
Hopei,
Shantung,
Shanxi,
Chamar e
Suyan) com o objetivo de separá-las da
China, seguindo os ditames do "Memorial Tanaka". Numa audaciosa operação de desembarque, ocuparam mais ao sul
Cantão, uns anos depois
Hong Kong (que era colônia inglesa) e partes de
Macau, nomeadamente
Lapa, Dom João e Montanha. Os invasores tiveram seu caminho facilitado por encontrarem pela frente uma
China politicamente desorganizada, onde a rivalidade militar entre nacionalistas e comunistas havia sido suspensa a contra gosto, vendo-se ainda subdividida em várias "autoridades locais", que se mostraram relutantes em oferecer-lhes uma resistência efetiva e coerente.
Mesmo assim
Chiang Kai-shek e
Mao Tse-tung assinam um acordo em
22 de setembro de
1937, pelo qual os
comunistas abandonam seu projeto de um governo revolucionário e passavam a designar sua área de domínio como Governo Autônomo da Região Fronteiriça, enquanto o Exército Vermelho mudou seu nome para ser o Exército Revolucionário Nacional, renunciando a insurgir-se contra o governo de
Chiang Kai-shek que, pelo seu lado, comprometeu-se a suspender as operações
anticomunistas.
A estratégia japonesa baseava-se em sua mobilidade, fruto do desenvolvimento industrial do país. A ofensiva-relâmpago deles rapidamente ocupou Pequim em
8 de agosto de
1937, em seguida capitularam
Tientsin e
Shangai. Depois de quebrarem a encarniçada resistência das tropas chinesas, que lhes resistiram por três meses numa batalha nas ruas de
Shangai, os japoneses marcharam para dentro do continente e, logo depois, em
13 de dezembro de
1937 entram em
Nanquim.
Invasão de Nanquim
Nanquim, era a antiga capital imperial, e também ex-sede do governo nacionalista de
Chiang Kai-shek. Os soldados japoneses sob o comando do general
Iwane Matsui realizaram a partir de dezembro de
1937 a invasão de
Nanquim, onde a população foi submetida à mais extrema barbaridade. Um ano depois de terem tomado a ofensiva, os nipônicos controlam amplas margens do
Mar da China, ocupando uma boa parte da costa, na tentativa de isolar o país de qualquer auxílio ocidental. Apesar da simpatias americanas e britânicas inclinarem-se para os chineses, devido à rivalidade colonial que tinham com os nipônicos pela hegemonia sobre a
Ásia, nada podem fazer de prático para ajudá-los.
Este período de seguidos triunfos japoneses chegou ao seu clímax com a invasão de outras partes da Ásia pelo Exército e pela Marinha Imperial (
Indochina,
Indonésia,
Malásia,
Filipinas e
Birmânia), seguida da desastrosa decisão do Micado de estender a guerra aos
Estados Unidos.
O ataque japonês à base naval americana de
Pearl Harbour em
7 de dezembro de
1941, obrigou o império do Sol Nascente a espalhar os seus recursos militares pelo Pacífico Ocidental, declinando como conseqüência disso as atividades bélicas no fronte da
China.
Segundo período da guerra sino-japonesa - 1941-1945
No segundo período, que vai de
dezembro de
1941 até
agosto de
1945, os
Estados Unidos assumem a tarefa de derrotar os japoneses, enquanto os exércitos nacionalistas chineses atuam apenas em pequenas escaramuças visando à fixação e ao desgaste do inimigo.
Consciente da sua absoluta inferioridade militar e estratégica,
Chiang Kai-shek após sete meses de infrutífera resistência, ordenara a adoção da política de "vender espaço para ganhar tempo", que implicava na renúncia de enormes extensões territoriais chinesas. Ao mesmo tempo em que recuavam, as tropas nacionalistas dedicaram-se à tática da destruição sistemática da infra-estrutura rural e urbana das regiões que fatalmente seriam ocupadas pelos invasores, tal como a explosão de diques do Rio Amarelo, que provocou a inundação de milhares de quilômetros quadrados de terras aráveis, arrasando e arruinando por muitos anos as propriedades camponesas, mas que somente atrasou o japoneses em três meses, ou o incêndio precipitado de
Changsha, a capital de Hunan (fruto do pânico das tropas chinesas em debandada).
Mas havia outro motivo para Chiang Kai-shek evitar confrontar-se com os japoneses. Ele desejava preservar suas forças militares (e as armas que recebia dos Estados Unidos) para lutar contra o Exército Popular de Mao Tse-tung, na guerra civil que certamente eclodiria, após a expulsão dos japoneses. Foi uma decisão que acabou se revelando equivocada, pois enquanto os nacionalistas recuavam, o Exército Popular continuou fustigando os japoneses, granjeando a simpatia e o apoio dos camponeses chineses (apoio que se mostraria decisivo na guerra civil).
A estratégia de "luta de longa duração" contra os japoneses, adotada por Mao, fez crescer o número de camponeses que aderiram à guerrilha, enquanto nas zonas controladas pelo Kuomintang, eles se mostravam arredios em colaborar, pois além da brutal repressão japonesa, calcada nos "três tudo - "matar tudo, queimar tudo, destruir tudo" (
Sanko Sakusen) -, o exército nacionalista cometia saques, confiscos e conscrições forçadas.
Além disso, ao optar por evitar o combate, Chiang tornou desconfortável a ajuda que recebia tanto dos estadounidenses quanto da URSS, que também era sua aliada, apesar do Exército Popular ser dirigido pelo
Partido Comunista Chinês.
Início da guerra na Europa
O plano de expansão do governo envolvia uma série de etapas. Em
1938, com o apoio de parte da população austríaca, o governo nazista anexou a
Áustria, episódio conhecido como
Anschluss.Em seguida, reivindicou a integração das
minorias germânicas que habitavam os
Sudetas (região montanhosa da
Checoslováquia). Como esta não estava disposta a ceder, a guerra parecia iminente, foi então convocada uma conferência internacional em
Munique. Na
conferência de Munique, em setembro de 1938,
ingleses e
franceses, seguindo a política de apaziguamento, cederam à vontade de Hitler, concordando com a anexação dos
Sudetos.
Às 4h45 da madrugada de
1 de Setembro de
1939, os canhões do cruzador alemão Schleswig-Hosltein abriram fogo sobre as posições polacas em Westerplatte, na então cidade livre de
Danzig, hoje
Gdansk.
O
exército alemão lançou uma forte ofensiva de surpresa contra a
Polónia, com o principal objectivo de reconquistar seus territórios perdidos na
Primeira Guerra Mundial e com o objetivo secundário de expandir o território alemão.
As tropas alemãs conseguiram derrotar as tropas polacas em apenas um mês. A
União Soviética tornou efetivo o acordo (
Ribbentrop-Molotov) com a Alemanha
nazi e ocupou a parte oriental da
Polónia. A
Grã-Bretanha e a
França, responderam à ocupação declarando guerra à
Alemanha mas, apesar dos compromissos que haviam assumido para com a Polônia, nada fizeram para ir em socorro do país, limitando-se a formar uma linha defensiva para enfrentar um possível ataque alemão a oeste. A
Itália, nesta fase, declarou-se "país neutro".
A guerra relâmpago
A
10 de Maio de
1940, após um período de ausência de hostilidades - a "
Falsa guerra" - o exército alemão lançou uma ofensiva contra os
Países Baixos, dando início à
Batalha da França. Os alemães visavam a contornar as poderosas fortificações francesas da
Linha Maginot, construídas anos antes na fronteira da
França com a
Alemanha. Com os britânicos e franceses julgando que se repetiria a guerra de
trincheiras da Primeira Guerra Mundial, e graças à combinação de ofensivas de
pára-quedistas com rápidas manobras de blindados em combinação com rápidos deslocamentos de infantaria motorizada (a chamada "guerra-relâmpago" -
Blitzkrieg, em alemão), os alemães derrotaram sem grande dificuldade as forças franco-britânica, destacadas para a defesa da
França. Nesta fase, ocorre a famosa retirada das forças aliadas para a
Inglaterra por
Dunquerque. O Marechal
Pétain assumiu então a chefia do governo na França, que ficou conhecido como o
governo de Vichy, assinou um armistício com
Adolf Hitler e começou a colaborar com os alemães. Aproveitando-se da situação, a Itália fascista, de Benito Mussolini, declarou guerra aos franco-britânicos e ordenou a invasão do sul da França (
Batalha dos Alpes)
A guerra na África e Afrika Korps
A Setembro de
1940, após a tomada da
França pelas forças alemãs, as tropas italianas destacadas na
Líbia sob o comando do
Marechal Graziani, uma vez livres da ameaça das forças francesas estacionadas na
Tunísia iniciaram uma série de ofensivas contra o
Egito, então colônia da
Grã-Bretanha, com vista a dominar o
canal de Suez e depois atingir as reservas petrolíferas do
Iraque, também sob domínio britânico.
Os efetivos ingleses destacados no
norte da África e que compunham o então designado XIII Corpo de Exército, comandado pelo
General Wavell, após alguns reveses iniciais realizaram uma espetacular contra-ofensiva contra as forças italianas que, apesar de sua superioridade numérica foram empurradas por 1200 km de volta à
Líbia, perdendo todos os territórios anteriormente conquistados. Esta derrota custou aos italianos a destruição de 10 divisões, a perda de 130.000 homens feitos prisioneiros, além de 390
tanques e 845 canhões.
Como a situação que surgia na
África era crítica para as forças do
Eixo,
Adolf Hitler e o
Oberkommando der Wehrmacht (OKW) decidiram enviar tropas alemãs a fim de não permitir a completa desagregação das forças italianas. Cria-se dessa forma em Janeiro de
1941 o
Afrika Korps (Corpo Expedicionário Alemão na África), cujo comando foi passado ao então Leutenantgeneral (Tenente-General)
Erwin Rommel, que posteriormente se tornaria uma figura legendária sob a alcunha de "A Raposa do Deserto". Foram enviadas a África duas divisões alemãs em auxílio aos Italianos, a 5a. Divisão Ligeira e a 15a. Divisão Panzer. Os Alemães, sob o hábil comando de Rommel, conseguiram reverter a iminente derrota italiana e empreenderam uma ofensiva esmagadora contra as forças britânicas enfraquecidas (muitos efetivos britânicos haviam sido desviados para a campanha da
Grécia, então sob pressão do Eixo) empurrando-as de volta à fronteira egípcia. Após uma sucessão de batalhas memoráveis como
El Agheila,
El Mechili, Sollum, Gazala,
Tobruk e
Marsa Matruh os alemães e italianos são detidos por falta de combustível e provisões na linha fortificada de
El Alamein, uma vez que o
Mediterrâneo encontrava-se sob domínio da marinha britânica. Finalmente, a
Outubro de
1942, após 4 meses de preparação os Britânicos contra-atacaram na
Segunda Batalha de El Alamein, sob o comando do General
Montgomery. Rechaçadas pelas bem supridas forças britânicas, as tropas ítalo-alemãs iniciaram um grande recuo de volta à
Líbia de forma a encurtar suas linhas de suprimento e ocupar posições defensivas mais favoráveis. Entretanto, dias depois, a
8 de Novembro, as forças do Eixo recebem a notícia de que estão sendo cercadas pelo oeste por forças norte-americanas do 1o. Exército Aliado que haviam desembarcado em
Marrocos através da
Operação Tocha. Pelo leste, o 8o. Exército Britânico continua o seu avanço, empurrando as forças ítalo-alemãs para a Tunísia. Finalmente, cercado pelos exércitos americano e britânico e sem a guia de seu audacioso comandante, pois Rommel havia sido hospitalizado na Alemanha, o "Afrika Korps" e o restante do contingente italiano na África do Norte, totalizando mais de 250 mil homens e reduzidos à inatividade pela falta de suprimentos e de apoio aéreo, se rendem aos aliados na
Tunísia em maio de
1943, dando fim à guerra na
África.
Malta decide o destino da África do Norte
O
calcanhar de Aquiles de
Rommel na
África do Norte era o reabastecimento. Os homens da Marinha mercante partiam para a África para proverem as tropas de
alimentos,
roupas,
água,
armas, munições e
combustível. Atrás de cada batalha travada sempre deveria existir um sistema de logística eficiente. O transporte das tropas e suprimentos italianos e alemães era feito por mar. Os navios mercantes deveriam, então, empreender uma jornada de quinhentos quilômetros da
Sicília, no
sul da Itália, até a
Tripolitânia, no norte da África. Mas, para que a guerra do deserto fosse vencida pelo
Eixo, o domínio marítimo do
Mediterrâneo era um fator prepoderante. Para isso, o Eixo enfrenta um grande problema: a Marinha Real.
Em
22 de julho de
1941,o cargueiro alemão Preussen parte da
Itália rumo à África do Norte. No caminho, é afundado por um ataque de Bristol-Blehein (Bombardeio da RAF). Com ele afundam 200 dos 650 soldados e tripulação a bordo. Além de perdas humanas, foram também perdidas mil toneladas de alimentos, seis mil toneladas de munições, mil toneladas de gasolina e 320 tanques e caminhões de transporte, que seriam usados pelas tropas do Eixo. Muitos outros navios como o Arta, o Aegina, o Iserlohn, o Samos, o Larissa, o Birmânia, o Arcturus, o Citá di Bari, dentre outros, tiveram o mesmo destino do Preussen, pois o Mediterâneo tornou-se um cemitério de homens e máquinas que tentavam chegar à África.
A fonte de todos esses desastres era a ilha de
Malta, principal ponto de apoio das forças aéreas e navais britânicas no Mediterâneo. Malta foi tomada do domínio francês pelos britânicos em
1800 e, desde então, faz parte da
Coroa Britânica, sendo uma base Naval da Marinha Real. Se os italianos fossem os japoneses, a tê-la-iam tomado em
junho de
1940, quando as fortificações da ilha ainda eram muito fracas. Porém, quando os britânicos perceberam a importância da ilha, tornaram-na cada vez mais fortificada, e sua tomada pelos italianos cada vez mais improvável. Apesar dos bombadeios alemães e italianos, Malta resistia, e com as pesadas perdas sofridas pelos alemães na tomada da ilha de
Creta, Hitler decidiu não mais arriscar suas tropas para tomar Malta. Essa decisão acabou acarretando o afundamento de até 77% dos navios do Eixo que cruzaram o Mediterrâneo. Com as tropas mal supridas, a derrota dos italianos e do Afrika Korps foi inevitável.
A invasão da URSS
Em
22 de Junho de
1941, os exércitos do eixo lançaram-se à conquista do território
soviético, com a chamada
Operação Barbarossa. Os exércitos do eixo contavam com 180 divisões, entre tropas alemãs, italianas, húngaras, romenas e finlandesas, num total de mais de três milhões e meio de soldados. A estes se opunham 320 divisões soviéticas, num total de mais de seis milhões de homens; porém apenas 160 destas divisões estavam situadas na região de fronteira com a
Alemanha Nazi. Grande parte das tropas soviéticas estavam estacionadas na região leste do país, na fronteira com a
China ocupada, antecipando a possibilidade de mais um ataque japonês contra a
União Soviética, conforme acontecera em
março de
1939.
A ofensiva era amplamente esperada, pois a invasão da
União Soviética fazia parte do discurso nazista desde o surgimento do partido, tendo sido fortemente pregada por Adolf Hitler em seu livro "
Mein Kampf" e estado presente em diversos de seus pronunciamentos políticos anteriores até mesmo ao início da guerra. Relatórios de serviços secretos davam conta da iminência da invasão, partindo não somente da espionagem soviética mas também de informações obtidas pelos ingleses e norte-americanos. A mobilização de grande número de tropas alemãs para a região de fronteira também foi percebida. Os soviéticos já vinham tomando medidas contra a invasão desde a
década de 1930, aumentando exponencialmente o contingente de seu exército.
Apesar de tudo isto, a invasão começa a
22 de junho de
1941 veio como uma surpresa, pois não se esperava que a Alemanha atacasse a URSS antes que a
Inglaterra se retirasse da guerra, conforme se previa. O resultado disto foi uma enorme vantagem tática para as tropas alemãs nos primeiros dias da guerra, o que permitiu o envolvimento de grande número de divisões do exército vermelho e a destruição de grande parte dos aviões soviéticos ainda nas suas bases, antes mesmo que conseguissem levantar vôo.
As tropas do eixo foram divididas em três
grupos de exércitos: norte, central e sul. O grupo norte atravessou os países bálticos (
Lituânia,
Letônia e
Estônia) e marchou contra
Leningrado , que foi atacada ao mesmo tempo pelos finlandeses, mais ao norte. A cidade foi completamente cercada a
8 de setembro de 1941; a partir de então só foi possível abastecê-la pela rota que atravessava o lago Ladoga, constantemente vigiada pelos aviões alemães. O resultado foi uma grave crise de fome, que segundo as estimativas teria vitimado por volta de um milhão de civis. A partir de
20 de novembro de
1941, foi possível estabelecer uma rota segura para
Leningrado através do lago congelado, devido à recaptura do eixo ferroviário na cidade de
Tikhvin, o que permitiu a evacuação de civis, melhorando a situação da cidade. O cerco de Leningrado só foi completamente levantado em Janeiro de 1944.
O exército central foi o que progrediu mais rapidamente, tendo conquistado completamente a cidade de
Minsk a
29 de junho de 1941, operação que resultou na captura de 420 mil soldados do exército vermelho. A ofensiva prosseguiu com o grupo central marchando através da
Bielorússia até atingir a cidade de
Smolensk, penetrando finalmente no território da Rússia propriamente dita. Aqui o avanço das tropas alemãs foi interrompido pela primeira vez, dada a forte resistência oposta pelas tropas soviéticas, porém a cidade foi conquistada a
16 de julho.
O exército sul prosseguiu mais vagarosamente do que os outros dois, sendo forçado a combater no terreno dos pântanos
Pripet, o que reduzia a velocidade dos avanços. Apesar disso, conseguiu empurrar o grupo sul do exército vermelho até a cidade de
Kiev, onde seu avanço foi interrompido. Aproveitando-se do fato de que o exército central havia avançado muito mais adiante, os alemães deslocaram boa parte desse segundo grupo de exércitos para o sul, conseguindo assim envolver um enorme grupo de divisões no que ficou conhecido como o bolsão de Kiev. O resultado foi a captura de 700 mil soldados soviéticos, o que resultou praticamente na destruição do grupo sul do exército vermelho. A luta pela captura da capital da Ucrânia prosseguiu até
26 de setembro.
Após esta operação, o grupo sul do exército lançou-se à captura da península da
Criméia. Esta operação seria concluída a
30 de outubro, com o cerco da cidade de
Sebastopol que, no entanto, só foi capturada em Julho de 1942. A cidade de
Odessa, sitiada por tropas romenas desde os primeiros dias da guerra, só foi tomada em setembro. Após capturar o território da Criméia, os alemães voltaram-se para o
Cáucaso, chegando a tomar
Rostov a
21 de novembro. Entretanto, a cidade foi retomada pelos soviéticos poucos dias depois, a
27 de novembro.
As tropas do exército central uniram-se a várias unidades do grupo norte e iniciaram a operação que tinha por objetivo envolver a cidade de Moscou, a
30 de setembro de 1941. Inicialmente as tropas do eixo prosseguiram com velocidade, capturando
Bryansk,
Orel e
Vyazma, numa batalha em que foram cercados e capturados 650.000 homens, no que seria o último grande envolvimento em
1941. As tropas alemãs continuaram avançando até capturarem a cidade de
Tula, a 165 quilômetros da capital russa, que passou a sofrer bombardeamentos aéreos. Entretanto, o avanço do exército alemão foi barrado, e as pinças norte e sul do ataque não puderam se encontrar, fechando o cerco. Apesar das gigantescas perdas que o exército vermelho havia sofrido, os soviéticos conseguiram formar novas divisões de conscritos, trazendo também para a frente oeste tropas anteriormente localizadas na região leste do país, repondo suas perdas e conseguindo dar combate aos alemães.
No dia
6 de dezembro, em pleno inverno, começou a contra-ofensiva dos russos, chefiada pelo general
Georgy Zhukov. Utilizando equipamentos novos como os tanques
T-34 e os morteiros
foguetes Katyusha, o exército vermelho conseguiu retomar uma quantidade significativa de território, afastando definitivamente a ameaça que pairava sobre sua capital.
Em
1942, o exército alemão já não se encontrava em condições de tentar uma nova ofensiva contra Moscou, que também seria demasiadamente previsível. A
Wehrmacht voltou-se então contra a região do Cáucaso, de grande importância econômica e militar devido a seus recursos petrolíferos (reservas de petróleo soviéticas no
Mar Cáspio), industriais e agrícolas. Além disso, a conquista da região permitiria bloquear o
rio Volga. A operação de captura do Cáucaso foi chamada de operação Azul e teve início em 28 de junho de 1942. No final do mês de julho os alemães já haviam avançado até a linha do
rio Don e começaram os preparativos para o envolvimento da cidade de
Stalingrado, defendida pelas tropas do General
Chuikov. A cidade sofreu pesados bombardeamentos aéreos.
No fim de Agosto, a cidade foi cercada ao norte e no 1.º de setembro as comunicações ao sul também foram interrompidas. A partir de então, as tropas que combatiam na cidade só puderam ser abastecidas através do rio Volga, constantemente bombardeado pelos alemães. A batalha pela cidade durou três meses, conhecendo avanços e recuos de ambas as partes, com lutas sangrentas pela conquista de simples casas, prédios ou fábricas. O tipo de terreno resultante das ruínas da cidade arrasada favorecia o combate de infantaria, impedindo a utilização eficiente de tanques. Milhares de civis aprisionados no interior da cidade foram vitimados, principalmente em conseqüência dos bombardeamentos. Em novembro, os alemães haviam alcançado a margem do rio Volga, impedindo o abastecimento das tropas soviéticas.
Em novembro de
1942, os soviéticos iniciaram seu contra-ataque, batizado de
Operação Urano, que tinha o objetivo de envolver as divisões alemãs em Stalingrado. Em
19 de novembro, as tropas do general
Vatutin, que formavam a pinça norte do ataque, irromperam contra o flanco dos exércitos do
Eixo, enquanto ao sul as tropas de
Konstantin Rokossovsky faziam o mesmo. Os alemães foram cercados pelo Exército Vermelho e as tentativas de abastecê-los através de uma ponta aérea não tiveram sucesso. Uma tentativa de romper o cerco foi feita pelas tropas do General
Erich von Manstein, numa operação chamada de
Tempestade de Inverno, porém as tropas cercadas no interior da cidade já estavam sem abastecimento há um bom tempo e não tiveram condições de colaborar com as demais tropas alemãs. Os soviéticos continuavam seu contra-ataque (agora a
Operação Saturno), ameaçando envolver os exércitos de Manstein, que foi forçado a abandonar sua tentativa de salvamento e retirar-se. A
2 de fevereiro de
1943, os alemães remanescentes na cidade rendem-se. Mais de 800 mil soldados do eixo, entre alemães, húngaros, romenos e italianos, além de dois milhões de soviéticos, morreram nas operações que envolveram Stalingrado e todo o restante do
6º Exército alemão, comandado pelo Generalfieldmarschall (
Marechal-de-Campo)
Friedrich Von Paulus, que obedeceu até o fim as ordens de
Hitler de não romper o cerco, sendo feito prisioneiro junto com o seu exército. A batalha de Stalingrado dura cinco meses. Dos trezentos mil soldados alemães encurralados no cerco, noventa mil morrem de frio e fome e mais de cem mil são mortos nas três semanas anteriores à rendição. Devido às rigorosas dificuldades do inverno nesse ano, que dificultava a subsistência até da população local, um grande número dos soldados alemães, sem proteção contra o frio nos campos de prisioneiros, não sobreviveu, sendo que poucos retornaram a sua terra natal após a guerra. Após a tomada de Stalingrado, as tropas soviéticas continuaram avançando e em fevereiro de 1943 retomaram
Kursk,
Kharkov e
Rostov, retomando completamente a região do Cáucaso. A 20 de fevereiro, os alemães retomaram Kharkov, formando uma saliência no front soviético em Kursk, o que teria importantes conseqüências nos meses seguintes.
Os generais alemães e o próprio Hitler, após a queda de Stalingrado, tinham noção que esse quadro de desestabilização geral estava ocorrendo, e começaram a planejar medidas para reduzir seus efeitos. Muitos oficiais preferiam esperar uma ofensiva soviética e contra-atacar – a "ação de retaguarda" proposta por Manstein – buscando paralisar os russos com contra-ataques locais; outros militares defendiam que uma ofensiva deveria ser desfechada o quanto antes para incapacitar os soviéticos e depois esperar pelos ataques dos aliados ocidentais. Essa tática acabou sendo a escolhida por Hitler, resultando na "
Operação Cidadela", cognome do ataque contra a cidade de
Kursk, onde estavam concentradas grandes forças russas que deveriam ser cercadas e destruídas. Foi uma operação perdida desde o início para os alemães, pois os soviéticos tinham superioridade em artilharia, tanques, homens e aviões, o que talvez não fizesse tanta diferença se também não tivessem as informações sobre os planos de ataque alemães – obtidas através da rede de espiões comunistas "
Orquestra Vermelha" na Alemanha – e contassem com defesas em profundidade largamente preparadas na região. A culminância dessa malfadada operação foi a
Batalha de Kursk, em julho de 1943, onde os alemães sofreram uma grande derrota e foram recuando até saírem da URSS e as forças soviéticas avançando em direção à Alemanha.
Embora o significado das batalhas entre Alemanha e URSS tenha sido enormemente relativizado no mundo capitalista pós-guerra, por conta de questões ideológicas próprias da
Guerra Fria (quando não era mais conveniente ressaltar qualidades positivas do antigo aliado soviético…), o chamado fronte oriental foi onde aconteceram as mais ferozes batalhas, com as maiores perdas civis e militares da história, e mostrou excepcionais tenacidade e capacidade de reorganização e aprendizado do
Exército Vermelho frente à
Wehrmacht. Apesar de imensas perdas humanas e matérias, a URSS foi a única nação da guerra a ser invadida territorialmente pela Werhmacht (então o maior, melhor treinado, mais bem equipado, e mais eficiente exército do mundo, cujos vários feitos em eficiência e versatilidade em campo permanecem inigualados até hoje) a ser capaz de se reorganizar, e, sem rendição ou acordos colaboracionistas (como o do "Governo de
Vichy", na França), resistir, combater, e efetivamente rechaçar as forças alemãs para fora de seu território sem tropas externas atuando em seu território (como na recuperação da França, por exemplo, precisou da ajuda maciça de tropas americanas e britânicas), e, mais importante, seguir um curso de vitórias até a capital da Alemanha - terminando, na prática, a guerra: poucos dias depois do suicídio de Hitler na
Berlim já completamente ocupada pelo Exército Vermelho, as forças alemãs assinaram sua rendição incondicional.
A reconquista da Europa
A partir de meados
1943, os exércitos aliados foram recuperando território passo a passo. Enquanto na frente principal, os soviéticos obtinham a rendição dos alemães em Stalingrado em fevereiro e, em agosto tomavam a iniciativa dos combates após terem derrotado no mês anterior a última grande ofensiva alemã realizada à Leste, em
Kursk; anglo-americanos e franceses livres, após a vitória no norte da África em maio, tomaram à partir de julho,
Sicília,
Córsega,
Sardenha e o sul
Itália, causando tanto a queda do gabinete de
Benito Mussolini, e a prisão deste, que foi resgatado por comandos alemães; quanto a rendição e a adesão formal da Itália à causa aliada em setembro.
A 6 Junho de
1944, no chamado Dia D (
D-Day), os Aliados efectuaram um desembarque nas praias da
Normandia (
Operação Overlord), em que participaram o
Exército Britânico (lutando nas praias de Gold e Sword), o
Exército Americano (lutando em Omaha e Utah) e o
Exército Canadense (lutando em Juno). Os americanos sofreram por volta de duas mil baixas, pois os
tanques Sherman, (disfarçados de Chatas pelo
Exército Americano para os esconder, e torná-los um fator surpresa) afundaram. Já o Exército britânico não teve muitas baixas em Gold e Sword, pois seus
tanques blindados e especializados (em cortar trincheiras e explodir minas) conseguiram ultrapassar. Era o início da
Batalha da Normandia. Apesar da inferiodade aérea, e submetida a constantes bombardeios aéro-navais, os alemães resistiram durante mais de mês antes que os aliados tomassem o primeiro porto, Cherbourg em meados de julho, o que somado à outro desembarque aliado no sul da França no final de agosto, forçou o recuo das forças alemãs para a Bélgica.
Após a libertação de
Paris, seguiu-se em Setembro de
1944 a libertação de parte da
Bélgica, incluindo sua capital e a
operação Market Garden que tinha como um dos objectivos libertar os
Países Baixos. Esta operação foi superior à Overlord no que respeita ao número de pára-quedistas envolvidos, mas resultou num enorme fracasso, contando-se cerca de 20 mil mortos, só entre os americanos, e 6500 britânicos foram feitos prisioneiros. O objectivo dos Aliados era conquistar uma série de pontes nos Países Baixos, o que lhes permitiria atravessar o rio
Reno.
A derrota do Eixo
Apesar da evidente superioridade militar aliada, as tropas alemãs resistiram tenazmente, até porque Hitler alimentava a esperança de que as contradições internas entre os aliados, especialmente a perspectiva de ocupação da
Europa Oriental pelos soviéticos, levaria os anglo-americanos a firmarem uma paz em separado com a Alemanha. Afinal, como ele disse aos seus generais: "Jamais houve, em toda a história, uma coalizão composta por parceiros tão heterogêneos quanto essa de nossos inimigos. Estados ultra-capitalistas de um lado e um estado marxista do outro"
[6]. Foi dentro desse objetivo estratégico de ganhar tempo até que ocorresse a "reviravolta política", que Hitler ordenou, em Dezembro de
1944, uma inesperada investida na Bélgica - a contra-ofensiva das
Ardenas -, cujo objetivo tático era tomar
Liège e
Antuérpia, para se apropriar dos enorme depósitos de suprimentos dos aliados ocidentais, sobretudo petróleo, do qual a Wehrmacht e a Luftwaffe já careciam seriamente. Apanhadas de surpresa, as forças anglo-americanas sofreram pesadas baixas. Além disso, a infiltração de soldados alemães, disfarçados de soldados americanos, em áreas controladas pelos aliados, causou sérios transtornos, como mudança de caminhos de divisões inteiras, mudanças de placas, implantações de minas, emboscadas. Estes soldados alemães, os primeiros
comandos, estavam sob o comando do Oberst (Coronel) Otto Skorzeny, que já libertara
Mussolini, entretanto aprisionado em Itália. Finalmente, a ofensiva fracassou, por falta de combustível e de reservas. Na
Itália, embora contando com tropas de qualidade inferior, a habilidade do general alemão,
Kesselring, tornou lento e penoso o avanço dos ingleses e norte-americanos (aos quais agregou-se a
Força Expedicionária Brasileira) ao longo da península. Apenas em abril de
1945 é que as forças alemãs se renderam.
Antes mesmo de findar a guerra, as grandes potências firmaram acordos sobre seu encerramento.O primeiro dos acordos foi a
Conferência de Teerã, no Irã, em 1943.
Em Janeiro de
1945,
Winston Churchill,
Franklin D. Roosevelt e
Josef Stalin reúnem-se novamente em
Ialta,
Ucrânia, já sabendo da inevitabilidade da derrota alemã, para decidir sobre o futuro da Europa pós-guerra. Nesta conferência, definiu-se a partilha da Europa, cabendo à União Soviética o predomínio sobre a Europa Oriental, enquanto as potências capitalistas prevaleceriam na Europa Ocidental. Acertou-se também a criação da Organização das Nações Unidas (
ONU), a participação da URSS na guerra contra o Japão, e a divisão da Coréia em bases diferentes das da
Liga das Nações. Definiu-se, ademais, a partilha mundial, cabendo incorporando os territórios alemães a leste e definindo a participação da URSS na rendição do Japão, com a divisão da Coréia em áreas de influência soviética e norte-americana. Assim, lançavam-se as bases para a
Guerra Fria.
Entretanto, o avanço das tropas aliadas e soviéticas chegou ao território alemão. Previamente, havia já sido estabelecido o avanço dos dois exércitos, ficando a tomada de
Berlim a cargo do Exército Vermelho. Esta decisão, tomada pelas esferas militares, foi encarada com apreensão pela população, pois era conhecido o rasto de pilhagens, execuções e violações (estupro), que os soldados soviéticos deixavam atrás de si, em grande parte como retaliação pela mortes causadas pelos soldados alemães na União Soviética (o país com o maior número de baixas civis e militares de toda a guerra, cerca de 20 milhões). A
30 de Abril de
1945,
Adolf Hitler suicidou-se, quando as tropas soviéticas estavam a exatamente dois quarteirões de seu bunker.
A
7 de Maio, o seu sucessor, o almirante
Dönitz, assinou a capitulação alemã. A
14 de Agosto de 1945, o
general Tojo do
Japão rendeu-se incondicionalmente.
A guerra no Pacífico
Por volta de
1940, o
Japão, tinha já ocupado vários territórios no
Pacífico, e tentava agora aumentar a sua influência no Sudoeste Asiático e no Pacífico.
Um
kamikaze (parte superior esquerda da foto) prestes a impactar contra o
USS Missouri em
11 de abril de
1945. Agindo a partir de outubro de 1944, estes pilotos-suicidas foram uma tentativa desesperada e inútil dos japoneses para impedir o avanço Aliado. Afundaram entre 50 e 90 navios aliados (dependendo da fonte), causando a morte de cerca de 5000 homens - mas a um custo de quase 4000 pilotos e suas aeronaves.
Em Junho de
1941, o Japão, invade a
Indochina. O governo dos
Estados Unidos da América, indignado, impõe sanções económicas ao Japão. Como represália, a
7 de Dezembro de 1941, a aviação japonesa
atacou Pearl Harbor, a maior base norte-americana do Pacífico. Em apenas duas horas, os pilotos japoneses conseguiram inutilizar todos os navios ancorados no porto, cinco navios de guerra e outros 15 foram afundados ou destruídos.
No dia seguinte os Estados Unidos declaram guerra ao Japão, dando início à guerra do Pacífico.
Apenas duas horas após o ataque que deu início oficial à guerra do Pacífico, o ataque a Pearl Harbor, os japoneses iniciaram a invasão de vários territórios da
Ásia e do Pacífico. Em Maio de 1942, o Japão, tinha já conquistado esses vastos territórios; controlando
Hong Kong, a
Malásia,
Singapura — a qual a
Grã-Bretanha abandonou a
15 de Fevereiro de 1942, a
Indonésia, as
Filipinas, a
Birmânia e outras ilhas no Pacífico.
O sucesso dos japoneses, devia-se à adaptação do conceito de
Blitzkrieg às condições da geografia da Ásia e Pacífico; a utilização de um relativamente pequeno número de tropas em relação ao inimigo, altamente treinadas, motivadas e protegidas por um poder naval que logo derrotou os aliados no mar e por uma força aérea que tinha como trunfo principal, tanto defensivamente (servindo de escolta dos bombardeiros japoneses) como ofensivamente, o avião caça mais moderno na época, o
Mitsubishi Zero que, em combates individuais, demonstrou não ser superado nem mesmo pelo lendário
Spitfire britânico. Em terra, os conflitos decisivos foram efetuados por divisões de infantaria utilizando-se pontualmente de
tanques e blindados leves e carregando peças de artilharia compacta facilmente desmontáveis e tranportáveis. No entanto, esse mesmo material que dava agilidade e leveza na movimentação, portanto uma vantagem ofensiva, se tornaria obsoleto se transformando em desvantagem quando no decorrer dos anos seguintes, o exército imperial viu-se obrigado a defender as posições conquistadas sem a vantagem da cobertura aeronaval que dispunha durante a ofensiva e sem poder contar com a reposição por mar deste armamento mais leve por um mais pesado e, dentro daquelas condições, apropriado à defesa.
Já em meados
1942 a guerra na
Ásia e Pacífico começava a progredir mais devagar para os japoneses, que não mantinham o ritmo inicial da campanha. Ao mesmo tempo que a aviação de caça das forças aliadas, ainda em inferioridade técnica começava a se utilizar de técnicas de combate aéreo que compensavam tal desnível. Com o impasse causado pela
Batalha do Mar de Coral em maio daquele ano, resultando em vitória estratégica para os aliados, devido aos japoneses, por não terem uma ideia precisa do real poder aeronaval dos aliados na região, terem sido induzidos a desistirem de desembarcar em
Port Moresby na
Nova Guiné; a derrota em
Midway no mês seguinte resultando, por parte dos japoneses, na perda de 4 porta-aviões e de grande número de tripulantes e pilotos altamente experientes; somado ao desembarque e estabelecimento em terra dos americanos em
Guadalcanal em agosto; fizeram com que os japoneses passassem à defensiva no Pacífico já no último trimestre daquele ano.Com a vitória americana em Guadalcanal em fevereiro de 1943, após meses de intensos combates aéreos, marítimos e terrestres que resultaram em grandes perdas humanas e materiais para ambos os lados, o rumo do conflito naquele teatro de operações virou definitivamente em favor dos aliados.
O sucesso da guerra submarina irrestrita levada a cabo pela marinha americana que privava o Japão das matérias primas essenciais, necessárias não só para levar a cabo seu projeto expansionista, como para manter a própria indústria e economia internas em pleno funcionamento, bem como o abastecimento da população por um lado e; a capacidade do complexo militar-industrial americano de repor não apenas suas perdas humanas e materiais mas também as perdas materiais de seus aliados num ritmo muito acima das do Japão; resultou que, a partir de meados de 1943, americanos e seus aliados no Pacífico se mantivessem na ofensiva ininterruptamente, avançando de complexo em complexo de ilhas rumo ao Japão. Ao mesmo tempo que a chegada em grande número à frente de combate de novos modelos de aviões-caça, que se equiparavam ou superavam em performance o Mitsubishi Zero, fazia com que mesmo a relativa vantagem que o Japão dispunha no ar também fosse anulada.
Nos territórios ocupados durante a ofensiva do primeiro semestre de 1942, com exceção das Filipinas, num primeiro momento as forças japonesas foram recebidas como libertadoras pelas populações nativas ressentida da colonização europeia. Porém, em poucos meses devido às duras condições impostas pelos novos governos militares japoneses que recrudesceram a opressão e a repressão sobre as populações locais, a exemplo do que já faziam na
China e
Coreia; o sentimento dessas populações ocupadas passou da simpatia à hostilidade, fomentando movimentos de resistência que cedo encontraram apoio material dos anglo-americanos.
O fim da guerra
Nuvem em formato de
cogumelo resultado da
explosão nuclear sobre
Nagasaki em
9 de agosto de
1945, que chegou a 18
km de
altura assim podemos descrever devido a fotos registrando o momento de uma explosão de uma bomba atômica a exemplo de Hiroshima e Nagasaki.
Em Março de
1944, as forças japonesas que ocupavam a
Birmânia, deram início a um ataque contra a
Índia, mas acabaram por ser derrotadas em
Impanhal. No Norte da China, as forças japonesas, começaram a enfrentar as forças comunistas de
Mao Zedong. A
Guerra Sino-Japonesa, que mobilizava mais de um milhão de homens, gastava mais recursos que a Campanha do Sul. Em agosto de 1944, depois de lançada a última ofensiva em
Ichi Go, o
Império japonês, tomou grande parte do Sul da China Central, estabelecendo uma ligação terrestre com a
Indochina e inviabilizando o território chinês como base para que os aviões caça aliados pudessem escoltar os bombardeiros em direção ao Japão.
No entanto, as forças Aliadas do Pacífico já haviam chegado perto do arquipélago nipónico. Após tomar as ilhas Marianas em Junho-Julho de 1944, os americanos obtiveram sucesso em uma série de batalhas aeronavais em Luzon, nas
Filipinas, desembarcando nas mesmas no final de Outubro. No início de
1945, a instalação de bases aéreas nas ilhas de
Iwo Jima (em Fevereiro) e
Okinawa (em Abril), mesmo antes da tomada completa das mesmas pelos Americanos, trouxeram o
Japão para dentro do alcance dos caças de escolta de longo alcance (principalmente os
P-51 Mustang), o que viabilizava a partir de então os ataques aéreos e navais, começando assim os bombardeamentos incendiários contra as principais cidades japonesas. As escoltas executadas pelos caças mantinham ocupada, além de debilitar ainda mais a já combalida aviação de guerra japonesa, então na defensiva, fazendo com que os ataques aéreos, principalmente os executados pelos aviões-
bombardeiros norte-americanos
B-29 pudessem, a partir do final de fevereiro de 1945, ser feitos com perdas aceitáveis para as forças atacantes. Ao final de junho, quando se conclui a tomada de Okinawa, tais bombardeamentos que em certo momentos eram realizados sem oposição, já haviam causado a destruição completa de 69 cidades japonesas e a morte de mais de 393 000 civis. Durante este mesmo período, os comunistas recomeçavam a avançar na China; a maior parte das ilhas Filipinas era retomada pelas forças americanas e guerrilha nativa; enquanto os Britânicos recuperavam por completo a Birmânia, ao mesmo tempo que avançava uma rebelião contra as forças japonesas no
Vietnam.
Em meados de Julho o Imperador
Hirohito, verificando as elevadas perdas e a deterioração da situação nos últimos meses, autorizou que o embaixador japonês na
União Soviética contactasse
Estaline para apresentar uma rendição do Japão. Estaline recebeu a mensagem algumas horas antes da conferência dos
Aliados na Alemanha, apresentando assim a proposta de rendição japonesa a
Harry Truman. Os Aliados ocidentais pediam ao Japão uma rendição incondicional, contudo o Japão decidiu não responder devido aos termos de rendição dos Aliados não especificarem o futuro do Imperador — visto como um deus para o povo japonês — tal como o sistema imperial. Harry Truman, após a sua chegada à conferência, recebeu uma mensagem que indicava que o teste da
bomba atómica "Trinity" tinha sido bem sucedido; decidido a ganhar a guerra utilizando o
projecto Manhattan e demonstrar o poder de força da nova arma ao aliado russo, deu indicações a Estaline que ignorava a mensagem japonesa.
A
6 de Agosto, a
bomba atómica, "
Little Boy", foi lançada sobre
Hiroshima do
B-29 "
Enola Gay", matando, instantaneamente, 75 milhares de pessoas. Destaque-se que não havia quartéis, nem aeroportos militares, nem indústrias bélicas na cidade, cuja população era exclusivamente civil, composta por crianças, mulheres e idosos, uma vez que os homens jovens haviam sido recrutados para as forças armadas japonesas. Era também essa a condição de
Nagasaki, a cidade sobre a qual, três dias depois,
9 de Agosto, foi lançada a segunda bomba, a "
Fat Man", pelo B-29 "Bock's Car".
Entre os que morreram no momento das explosões e aqueles que pereceram nos dias seguintes, por conta da radiação atômica, a quantidade de vítimas se elevou a mais de 250 mil pessoas, constituindo esse episódio o maior massacre de civis de toda a história da humanidade
[.
Oficiais e marinheiros
aliados assistem o General das Forças Armadas
Douglas MacArthur assinando os documentos durante cerimônia de rendição a bordo do couraçado
USS Missouri em
2 de Setembro de
1945. A
rendição incondicional do Japão aos
Aliados terminou oficialmente com a Segunda Guerra Mundial.
Para satisfazer a opinião pública do país (e de outras nações), as autoridades norte-americanas justificaram a sua decisão afirmando que uma invasão do Japão teria custos muito elevados em termos de vidas de militares estado-unidenses, tendo em conta a disposição dos japoneses de resistir.
A
8 de Agosto de
1945 a
União Soviética declarou guerra ao Japão, como tinha concordado na conferência, e lançou uma invasão (
Operação Tempestade de Agosto, August Storm) em grande escala à
Manchúria, que se encontrava ocupada pelo Japão.
Com seu país cercado, suas principais cidades em escombros (duas delas atingidas por engenhos nucleares), sua indústria arrasada, e tendo agora que enfrentar outro inimigo poderoso (a URSS), não restou ao imperador do
Japão, Hirohito, senão aceitar a rendição incondicional exigida pelos aliados. No dia
15 de Agosto fez um anúncio público pelo rádio, apelando ao exército japonês a cessação da luta. Para os aliados, este foi o ``Dia da Vitória´´ -
V Day em inglês.
Em
2 de setembro, no mesmo dia em que na Indochina
Ho Chi Minh proclamava a independência vietnamita, o Japão assinava formalmente diante dos representantes das nações aliadas no oriente a rendição a bordo do
USS Missouri, na
baía de Tóquio pondo fim a Segunda Guerra Mundial.
Brasil na Guerra
Embora estivesse sendo comandado por um regime ditatorial simpático ao modelo fascista (o
Estado novo getulista), o Brasil acabou participando da Guerra junto aos
Aliados. Isto porque, muito antes que a pressão popular se fizesse sentir em 1942, porque a partir de Fevereiro de
1942 submarinos alemães e italianos iniciaram o
torpedeamento de embarcações brasileiras no oceano Atlântico em represália, segundo relatado nos diários de
Goebbels, à adesão por parte do Brasil aos compromissos da Carta do Atlântico (que previa o alinhamento automático ao lado de qualquer nação do continente americano que fosse atacada por uma potência extra-continental); de fundamental importância para que o governo brasileiro paulatinamente se alinhasse com os Estados Unidos e consequentemente a causa aliada a partir de
Pearl Harbor, igual e respectivamente foram: as tentativas veladas de ingerência nos assuntos internos brasileiros por parte da Alemanha e Itália, especialmente a partir da implantação do Estado Novo; a progressiva impossibilidade a partir do final de 1940 de manter relações comerciais estáveis e efetivas com estes países devido a pressão naval britânica e posteriormente americana exercida contra os mesmos e a chamada política de boa vizinhança levada a cabo pelo então presidente
Roosevelt, que entre outros incentivos econômicos e comerciais financiou a construção de uma gigantesca siderúrgica, a
CSN (Companhia Siderúrgica Nacional).
[10][11][12]Também, durante o ano de 1942, em meio a incentivos econômicos e pressão diplomática, os americanos instalaram bases aero-navais ao longo da costa Norte-Nordeste brasileira, sendo a base militar no município de
Parnamirim, vizinho a capital
Natal, no estado do
Rio Grande do Norte, a principal dentre estas. Bases às quais os militares brasileiros tinham acesso restrito e controlado. Tendo sido a de Parnamirim de especial importância para o esforço de guerra aliado antes do desembarque de tropas Anglo-Americanas no Norte da África em novembro de 1942 na
OperaçãoTocha.
Complexo de bases esse que foi popularmente apelidado na época de "Trampolim da Vitória", devido à importante contribuição tática proporcionada para a frente norte africana. A partir da estabilização da frente italiana em fins de 1943 e do enfraquecimento da campanha submarina alemã, as bases americanas em solo brasileiro foram sendo progressivamente desativadas ao longo de 1944-45, embora na da ilha de
Fernando de Noronha os americanos tenham permanecido até 1960.
Somente devido à pressão popular é que se deveu a declaração de guerra à Alemanha nazista e à Itália fascista em agosto de 1942, após meses de torpedeamento de navios mercantes brasileiros. Assim como a existência da
Força Expedicionária Brasileira, que teve sua formação inicialmente protelada por um ano após a declaração de guerra e seu envio para a frente iniciado somente em julho de 1944, quase 2 anos após a declaração e mesmo assim tendo enviado cerca de 25 000 homens de um total inicial previsto de 100 000.
Mesmo com problemas na preparação e no envio, já na Itália, treinada e equipada pelos americanos, a FEB cumpriu as principais missões que lhe foram atribuídas pelo comando aliado. No entanto, mal terminada a guerra, temendo uma possível capitalização política da vitória aliada por membros da FEB, dada a contribuição desta à mesma, mesmo que modesta, decidiu o governo brasileiro desmobilizá-la oficialmente ainda em solo italiano.
[13] A seus membros, no retorno ao país, foram impostas restrições, os veteranos não militares (que deram baixa ao retornar) foram proibidos de utilizar em público condecorações ou peças do vestuário expedicionário, enquanto os (veteranos militares) profissionais foram transferidos para regiões de fronteira ou distantes dos grandes centros.
[14]No entanto, a participação do Brasil na guerra e a forma como a mesma se desenrolou contribuíram decisivamente para o fim do regime do Estado Novo, como já sinalizava o
Manifesto dos Mineiros em
1943.
Assim, embora mais vigorosa que a participação na
Primeira Guerra Mundial, considerando o jogo político e diplomático travado entre americanos e alemães pelo apoio brasileiro e os números da real contribuição tática e estratégica que o país proporcionou comparados aos de outros países aliados (a FEB, por exemplo, era apenas uma entre 20 divisões aliadas na Itália, tendo atuado num setor, embora relativamente importante, secundário na frente italiana, num momento em que esta mesma frente se tinha tornado de menor importância para ambos os lados); a modesta participação brasileira na Segunda Guerra pode no geral ser equiparada à do Japão na Primeira Guerra Mundial. Se de um lado, em termos numéricos e táticos, os brasileiros tiveram no segundo conflito mundial uma participação maior na causa aliada que os japoneses três décadas antes, por outro lado os nipônicos, entre as décadas de 1920 e 1930, souberam capitalizar melhor política e estrategicamente a nível internacional sua participação no conflito de 1914-18.
Durante a Segunda Guerra Mundial,
Portugal era governado por uma ditadura de direita, designada por
Estado Novo e chefiado por
Salazar. Oficialmente Portugal declarou em 1939 a neutralidade, apesar da
Aliança Luso-Britânica, tendo mantido o estado de neutralidade até ao final das hostilidades.
O Estado Português, em Março de 1939, assina um Tratado de Amizade e Não Agressão com a Espanha nacionalista, representada pela Junta de Burgos e pelo Nuevo Estado dirigido por
Franco, recusando o convite do embaixador italiano, em Abril do mesmo ano, para aderir ao
Pacto Anti-Komintern, aliança da Alemanha, Itália e Japão contra a ameaça comunista.
Em Agosto de 1939, a
Grã-Bretanha assina um acordo de cooperação militar com Portugal, aceitando apoiar directamente o esforço de rearmamento e modernização das forças armadas portuguesas. Todavia, o acordo só começaria a ser cumprido a partir de Setembro de
1943.
O embaixador
Aristides de Sousa Mendes em
França (1939-1940) ajudou dezenas de milhares de refugiados, nomeadamente judeus a fugir via
Lisboa, para os
Estados Unidos, emitindo vistos à revelia do Governo de
Salazar. Após a queda da França em Julho de
1940, foi detido em
Lisboa, e proibido de exercer Advocacia, nunca foi perdoado por
Salazar. Em 1966,
Israel dá-lhe o título de "
Justo entre as nações". Após a
revolução de Abril foi-lhe atribuída a título póstumo a
Ordem da Liberdade em 1987, e a
Cruz de Mérito em 1998.
Logo após a invasão da
França, Hitler emite com o nome de
Operação Félix, a directiva 18, cujo objectivo principal é a ocupação de
Gibraltar, com ou sem apoio da Espanha. Os planos da operação contempla a invasão de Portugal, caso esteja iminente um desembarque aliado na costa portuguesa.
[15]Para a invasão a Portugal estaria planeada ser usada uma divisão blindada alemã para tomar os portos de
Setúbal e
Lisboa, outra divisão (espanhola) pela costa norte, e uma outra divisão alemã de infantaria motorizada pelo sul do país. Portugal não possuía qualquer corpo blindado, ou peças antitanque para uma defesa com sucesso, especialmente contra a divisão blindada, e muito do equipamento estava obsoleto.
A operação Félix não foi concretizada porque Espanha e Alemanha não chegaram a acordo sobre as contrapartidas da participação espanhola. A Espanha teria de ser equipada pelo exército alemão porque apesar da superioridade numérica das divisões espanholas em relação a Portugal, faltava equipamento, mobilidade e logística às divisões espanholas. O exército alemão teria de defender uma maior faixa costeira de uma possível invasão aliada, e a prioridade foi dada À
Jugoslávia e
Grécia, devido às preparações para a invasão da
Rússia. O Plano ainda foi considerado se a
Alemanha obtivesse uma vitória rápida na frente russa. Os acordos entre
Portugal e
Espanha, e a inteligência britânica poderão ter também influenciado a não concretização do plano. Apenas em
1943 a
Grã-Bretanha honraria o acordo de 1939, e passaria a dispor equipamento militar moderno a Portugal.
No dia
29 de Junho de
1940, Espanha e Portugal assinam um protocolo adicional ao Tratado de Amizade e Não Agressão.
Em
1941, o
Japão invade
Timor-Leste, e ocupa as ilhas de Lapa, São João e Montanha pertencentes à República da China e divide a administração com o Governo Português de
Macau. As ilhas voltariam após o fim da guerra à soberania chinesa.
Com o virar da guerra e o conhecimento da proposta de Roosevelt em enviar tropas Brasileiras para ocupação das ilhas portuguesas no Atlântico, Churchill convence Portugal à assinar o Acordo Luso-Britânico, em
Agosto de
1943, concedendo à
Grã-Bretanha, a
base das Lajes nos
Açores, e em
1944 aos
Estados Unidos até actualmente.
Comercialmente, Portugal exportava produtos para os países em conflito, como
açúcar,
tabaco, e
volfrâmio. O volfrâmio cujo preço subiu em flecha desde o início das exportações, sendo que para a Alemanha, a exportação foi interrompida em
1944 por imposição dos Aliados. Até ao final da guerra as exportações para a Alemanha foram pagas com ouro canalizado via Suíça.
Com o final da guerra, o governo de
Salazar decretou luto oficial de três dias pela morte de
Hitler aquando da sua morte, em
1945.
Consequências da Segunda Guerra Mundial
Desenvolvimento tecnológico
A tecnologia bélica evoluiu rapidamente durante a Segunda Guerra Mundial e foi crucial para determinar o rumo da guerra. Algumas das principais tecnologias foram usadas pela primeira vez, como as
bombas nucleares, o
radar, sistemas de
comunicação por
micro-ondas, o
fuzil mais rápido, os
mísseis balísticos, e os
processadores analógicos de dados (
computadores primitivos). Enormes avanços foram feitos em aeronaves, navios, submarinos e tanques. Muitos dos modelos usados no início da guerra se tornaram obsoletos quando a guerra acabou. Um novo tipo de navio foi adicionado aos avanços: navio de desembarque anfíbio (usado no
Dia D).
Mortes
As estimativas para o total de vítimas da guerra variam, mas a maioria sugere que cerca de 72 milhões de pessoas morreram durante a guerra, incluindo cerca de 26 milhões de
soldados e 46 milhões de civis.
[16][17][18] Muitos civis morreram devido à
doenças,
fome,
massacres,
bombardeios e
genocídio. A
União Soviética perdeu cerca de 27 milhões de pessoas durante a guerra, cerca de metade de todas as vítimas da Segunda Guerra Mundial.
[19] Do total de mortes na II Guerra Mundial, aproximadamente 85% estavam no lado dos
Aliados (principalmente soviético e chinês) e 15% do lado do
Eixo. Uma estimativa é que 12 milhões de civis morreram nos
campos de concentração nazistas,
[20] 1,5 milhões por
bombas, 7 milhões na
Europa e 7,5 milhões na
China devido a outros fatores.
[21] Os dados sobre o total de vítimas varia porque a maioria das mortes não foram documentadas.
Prisioneiros de guerra
Prisioneiros de guerra do
Gulag, na construção do campo de trabalho forçado de
Belomorkanal.
Com a derrota e posterior separação da Alemanha, cerca de 3 mil civis alemães viraram prisioneiros de guerra tendo que trabalhar em campos de trabalhos forçados no
Gulag, na
Rússia. Apenas em
1950, os civis poderam ter a sua liberdade e voltar para a Alemanha.
Muitos dos prisioneiros de guerra alemães e italianos foram trabalhar na reconstrução da
Grã-Bretanha e da
França. Cerca de 100 mil prisioneiros foram enviados para a Grã-Bretanha e cerca de 700 mil para a França. Além disso, os milhares de soldados presos pelos soviéticos continuaram em cativeiro, diferentemente dos prisioneiros pelos aliados, que foram libertados entre
1945 e
1948.
No início dos
anos 1950, alguns prisioneiros alemães foram libertados pelos russos, mas somente em
1955, após a visita de
Konrad Adenauer à
URSS é que os restantes prisioneiros ainda vivos foram libertados e retornaram a sua terra natal após até 14 anos de cativeiro.
O Holocausto
Campo de concentração de
Buchenwald.
Fotografia tirada no dia da libertação do campo pelas
tropas aliadas em
Abril de
1945.
Avalia-se em 50 ou 60 milhões o número de pessoas que morreram em consequência da guerra. As perdas foram superiores na
Europa Oriental: estimam-se 17 milhões de mortes civis e 12 milhões de mortes militares para a União Soviética, 6 a 7 milhões para a Polónia (primariamente civis), enquanto que na França o número rondaria os 600 000.
O
Holocausto comandado pelas autoridades nazistas - inclusive como parte da "
solução final" para o "problema judeu" - levaria ao genocídio, nos
campos de concentração, de milhões de pessoas consideradas indesejáveis, dentre as quais, principalmente, os judeus, mas também membros da
etnia cigana,
eslavos,
homossexuais, portadores de deficiência,
Testemunhas de Jeová e dissidentes políticos. Milhares de prisioneiros foram usados como cobaias em diversas
experiências, o que acarretou a propagação de doenças como
tifo e
tuberculose. Após a guerra, o
Movimento Sionista valeu-se do horror mundial diante da divulgação do holocausto judeu, para obter a criação do Estado de
Israel, na
Palestina.
Danos materiais
Os Aliados determinaram o pagamento de indenizações de guerra às
nações derrotadas para a reconstrução e
indenização dos países vencedores, assinado no Tratado de Paz de Paris. A
Hungria,
Finlândia e
Romênia foi ordenado o pagamento de 300 milhões de dólares (valor baseado no valor do dólar em 1938) para a União Soviética. A
Itália foi obrigada a pagar o correspondente a 360 milhões de dólares de indenizações cobrados pela
Grécia,
Iugoslávia e União Soviética.[
carece de fontes?]
No fim da
guerra, cerca de 70% da
infra-estrutura européia estava destruída. Os
países membros do
Eixo tiveram que indenizar os países
Aliados em mais de 2 bilhões de
dólares.
Com a derrota do
Eixo, a
Alemanha teve expressivos
recursos financeiros e materiais transferidos para os
Estados Unidos e a
União Soviética, além de ter as
indústrias bélicas desmanteladas para evitar um novo
rearmamento.
Territoriais
As transformações territoriais provocadas pela Segunda Guerra começaram a ser delineadas pouco antes do fim desta. A
Conferência de Ialta (4-12 de Fevereiro de
1945) teria como resultado a partilha entre os Estados Unidos e a União Soviética de zonas de influência na Europa. Alguns meses depois a
Conferência de Potsdam, realizada já com a derrota da Alemanha, consagra a divisão deste país em quatro zonas administradas pelas potências vencedoras. No lado Oriental, ficaria a administração sob incumbência da União Soviética e, no lado Ocidental, a administração ficaria sob incumbência dos Estados Unidos, França e Inglaterra, tendo estas duas últimas desistido da incumbência.
A Itália perderia todas as suas colónias; a
Ístria acabaria por ser integrada na
Jugoslávia, tendo também sofrido pequenas alterações fronteiriças a favor da França.
O território da nação polaca desloca-se para oeste, integrando províncias alemãs (
Pomerânia,
Brandemburgo,
Silésia), colocando a sua fronteira ocidental até aos cursos do
Oder e do
Neisse. A URSS progrediu igualmente para oeste, graças principalmente à reversão das perdas territoriais sofridas pelo Pacto de Brest-Litovsk: houve a criação da República Socialista Soviética da Bielorússia (numa área de maioria étnica bielorussa, mas que havia sido concedida à Polônia), e também a ampliação da Ucrânia, que também havia perdido território, duas décadas antes, para a Polônia.
O
Japão teve que abandonar, de acordo com o estabelecido no acordo de paz de
1951 com os Estados Unidos, a
Manchúria e a
Coreia, além dos territórios que havia conquistado durante o conflito. Nos
anos 1970, os Estados Unidos devolvem
Okinawa ao Japão.
Políticas
Sede da
Organização das Nações Unidas (ONU) em
Nova Iorque. A fundação da ONU foi uma das consequências da II grande guerra.
No plano político, a Segunda Guerra Mundial produziu, entre outros, os seguintes resultados:
[22]O esmagamento dos imperialismos alemão, italiano e japonês;
O enfraquecimento dos imperialismos inglês e francês;
Ascensão dos Estados Unidos como potência imperialista hegemônica no mundo;
Ascensão da URSS como potência militar dominante na Europa Oriental;
Ascensão dos movimentos de libertação nacional nos países explorados pelo colonialismo europeu, em alguns casos combinando nacionalismo com revolução social (como na China);
Deflagração da
Guerra Fria, como um teste de força entre os Estados Unidos e a União Soviética;
Fundação da
Organização das Nações Unidas, em
Junho de
1945, em substituição à
Sociedade das Nações.
Uma das razões apontadas para o fracasso da Liga das Nações seria a igualdade entre países pequenos e grandes, bloqueando o processo de tomada de decisões. Valendo-se desse discutível argumento, as potências vencedoras da Segunda Guerra Mundial reservaram-se um papel de destaque e domínio dentro da ONU, através de assento permanente no
Conselho de Segurança, onde possuem direito de veto. Os outros membros do Conselho são seis países eleitos rotativamente (sem poder de veto).
Herança humana
A herança de destruição deixada pela Segunda Guerra Mundial foi assombrosa. Além das mortes causadas, direta ou indiretamente (fome e doenças), pelo conflito, dezenas de cidades foram arrasadas, inúmeras florestas desapareceram, e milhares de hectares de terras cultiváveis foram transformados em desertos, em proporções nunca vistas desde a
Guerra dos Trinta Anos.
Mas o pior foi a devastação causada ao comportamento humano. Violência bárbara e desrespeito generalizado aos mais elementares direitos humanos - sobretudo o direito à vida -, disseminaram-se numa escala bem maior do que se viu durante e depois da Primeira Guerra Mundial, e cujos exemplos mais gritantes foram os Holocaustos nazistas, o
Estupro de Nanquim e as bombas atômicas sobre
Hiroshima e
Nagasaki.
Recursos materiais volumosos, capazes de alimentar, vestir e educar milhões de seres humanos, que vivem na linha da pobreza (ou abaixo dela), foram desperdiçados para fins puramente destrutivos é assim que definimos o que foi a II grande guerra.